BRASIL
Aplicativo que alerta população cadastra 536 barragens no Brasil
BRASIL
O aplicativo Prox, cujo objetivo é dar conhecimento sobre a situação das barragens às comunidades do entorno, já possui o cadastro de 536 estruturas. Ao todo, foram agregados dados por 11 mineradoras diferentes, entre elas a Samarco e a Vale, responsáveis pelas tragédias que ocorreram em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais.
A ferramenta foi criada numa parceria entre a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), estatal mineira do setor energético, e o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as maiores mineradoras que atuam no país. Embora tenha sido lançado em 2021, novas funcionalidades continuam sendo agregadas. Elas foram apresentadas hoje (17) em um novo lançamento.
O aplicativo foi desenvolvido para reunir informações de segurança de barragens ligadas à mineração e a usinas hidrelétricas, além de servir como canal de interação entre empresas, gestores municipais, bombeiros, profissionais da defesa civil e a população. As comunidades do entorno podem acompanhar a situação das estruturas e receber alertas em casos de rompimento, enchentes e incêndios.
Rotas de fuga
O cadastro de cada barragem traz dados variados como altura, volume, método de construção, situação de segurança e abrangência da área que seria afetada em casa de uma ruptura. É possível consultar ainda quais são as rotas de fuga durante uma eventual tragédia e quais os principais contatos de emergência das mineradoras e dos órgãos públicos.
Entre as melhorias mais recentes, o aplicativo Prox vem agregando também dados sobre riscos envolvendo chuvas, descargas elétricas e queimadas.
“Se um município não tem barragem próxima, mas tem algum ponto crítico para deslizamentos ou para inundação urbana, a ideia é que a Defesa Civil municipal cadastre esses pontos e consiga entregar para a população a informação que ela precisa”, disse Julio Nery, diretor de sustentabilidade e assuntos regulatórios do Ibram. Ele destacou que o aplicativo foi desenvolvido para qualquer posição do Brasil e que já há estruturas cadastradas fora de Minas Gerais.
Segundo explicou, a comunicação é feita por meio de cadastramento georreferenciado do aparelho móvel de quem baixar o aplicativo, o que significa que cada pessoa recebe a informação precisa da sua região. Ele avalia que o aplicativo contribui para uma comunicação mais eficiente e fortalece o sistema de proteção e defesa civil nos territórios.
Fake News
O nome Prox faz referência ao programa Proximidade, criado pela Cemig em 2005 para promover a integração com comunidades do entorno de hidrelétricas. No âmbito do projeto, já era usado um aplicativo mais rudimentar que reunia informação dos reservatórios sob a gestão da estatal mineira.
Foi a partir dessa experiência que se projetou a nova ferramenta, ampliando os dados para abranger as barragens de mineração. A evolução do aplicativo também mobilizou o Mining Hub, iniciativa de inovação apoiada pelo Ibram para fomentar novas soluções para o setor mineral.
O diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, disse que a ferramenta combate notícias falsas, que costumam gerar instabilidade e medo entre os moradores das comunidades, sobretudo no período chuvoso. “As pessoas terão fácil acesso a informações oficiais e seguras”, enfatizou.
Edição: Kleber Sampaio
Fonte: EBC Geral


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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