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Cafeicultores pedem ajuda para recuperar produção prejudicada por chuvas em Minas

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Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Reunião Extraordinária - Audiência Pública - Impacto das chuvas em Minas Gerais. Presidente do Consórcio Público para o Desenvolvimento do Café no Sul e Sudoeste de Minas - CONCAFÉ, Marcelo Chaves, gerente de Desenvolvimento Técnico da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé - COOXUPÉ, Mário Ferraz De Araújo, dep. Evair Vieira de Melo (PP - ES) e o dep. Emidinho Madeira (PL - MG)
Comissão recebeu produtores e governo para discutir crise na cafeicultura

Cafeicultores pediram ajuda a deputados para socorrer a produção de café em Minas Gerais, prejudicada pelas chuvas no estado. Em audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (6), produtores solicitaram mais recursos para o setor e um seguro que seja efetivo, com participação do governo.

Na área de abrangência da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), por exemplo, o granizo que caiu em outubro e em novembro atingiu mais de 28 mil hectares e afetou mais de 2,7 mil produtores cooperados. Segundo o gerente de Desenvolvimento Técnico da cooperativa, Mário de Araújo, pelo menos 230 mil sacas de café foram perdidas. Em algumas propriedades, disse, foi como se tivesse caído “uma bomba em cima da lavoura”.

“O granizo repercute em toda a sociedade que gira ao redor do cafeicultor, especialmente no sul de Minas, onde há dependência dessa atividade econômica tão gratificante. A atividade que mais distribui renda é a cafeicultura de montanha. Os nossos governos têm que ter uma sensibilidade muito grande em relação a isso”, afirmou Araújo.

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O deputado Emidinho Madeira (PL-MG), que sugeriu o debate, anunciou que já tem reuniões agendadas para tratar do assunto no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e no Banco do Brasil.

“O café não para. Daqui a uns dias, a chuva vai embora, e é o momento da adubação: novembro, dezembro e janeiro. Nós precisamos que os bancos busquem uma gordura a mais no Ministério da Economia, precisamos de mais recursos”, defendeu o parlamentar. “Também a questão do Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar]: precisa aumentar o teto de R$ 200 mil para R$ 300 mil para o pequeno produtor. Com R$ 200 mil hoje você não compra um tratorzinho cafeeiro.”

Seguro para o café
Da parte do governo federal, o diretor de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, disse que há R$ 6 bilhões disponíveis para o setor, dos quais 80% já estão nas mãos dos produtores. E, neste ano, são R$ 160 milhões para recuperação de cafezais danificados por intempéries. Ele citou ainda o seguro para o café, com subsídio de 40%.

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Já o subsecretário de Política e Economia Agropecuária de Minas Gerais, João Ricardo Albanez, disse que o estado está reativando o programa Minas + Seguro, de subvenção econômica para o seguro rural. “Poderemos ampliar o aporte de recurso, complementando o programa de subvenção federal. A expectativa é [o estado] contribuir com 20% do prêmio do seguro”, informou.

Na opinião do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), o Brasil não pode abrir mão de ser líder mundial na produção de café. A cafeicultura brasileira, segundo ele, é patrimônio nacional e todo esforço político deve ser feito para impulsioná-la.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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