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Laudo aponta lesões fruto de agressão e sem características de alergia ou autoflagelo em esposa de apresentador

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Laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu na noite desta terça-feira (20) que as lesões causadas no rosto da esposa de Lucas Ferraz são fruto de prováveis agressões físicas causadas por outra pessoa. A versão da estudante de direito, no entanto, é diferente. Katrine Gomes, de 20 anos, alega ter batido a própria cabeça na cama por sentir ciúmes do marido. Ferraz comandava o programa Cidade Agora, em Tangará da Serra (a 230 km de Cuiabá) e foi demitido após ser acusado de agredir a esposa no último sábado (17).

Ao ser ouvida pelo delegado Gustavo Espíndola de Souza na segunda-feira (19), Katrine assegurou ter tido um edema alérgico por ter machucado a si mesma durante uma crise causada por problemas psicológicos como, por exemplo, ansiedade. 

Ela deu a mesma versão em entrevista à imprensa local na terça-feira. “Meu esposo entrou no banheiro e eu fui para o quarto. Lá fiquei de joelhos próximo a cama e comecei a bater a cabeça na cama […]. As manchas que tenho roxas são resultado das veias sanguíneas do nariz, quando machuquei o nariz, bati muito forte na cama e foram diversas vezes. Cheguei a me jogar no chão, gritar”, narrou a estudante. 

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Para a perícia, porém, os ferimentos são compatíveis com ato de violência gerado por outra pessoa. Ou seja, as explicações da universitária são pouco consistentes e não há semelhança com reação alérgica.

Vídeo que circula nas redes sociais mostra Katrine machucada no ouvido, testa, nariz, entre outras partes do rosto. Em áudio gravado no mesmo dia ela diz ter levado “dois, três socos” de Ferraz.

Versão do acusado

Na mesma entrevista em que Katrine deu sua versão, Ferraz também afirmou que a estudante de direito sofre de “crises de ansiedade e pânico depressivo”.

“Só nós dois sabemos à luta que travamos juntos pela saúde, a coragem que ela tem de enfrentar dia após dia um quadro clínico que para muitas pessoas é levado como ‘frescura’. Já tivemos episódios complicados em nossa jornada, já fomos parar em hospitais tarde da noite após crises de ansiedade e pânico depressivo. Eu jamais revelaria algo tão particular, mas a iniciativa partiu dela, eu como marido apoio minha esposa em tudo”. 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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