MATO GROSSO
Interventor tira poderes de Emanuel sobre servidores da Saúde até o fim do mandato
MATO GROSSO
O Gabinete de Intervenção Estadual na Saúde de Cuiabá publicou decreto que garante estabilidade provisória aos servidores nomeados para exercer cargos de confiança, chefia e assessoramento durante o período da intervenção, na Secretaria Municipal de Saúde e na Empresa Cuiabana de Saúde.
A medida foi publicada na edição extra de quarta-feira (04.01) do Diário Oficial do Estado, e determina que mesmo após o encerramento da intervenção na saúde pública de Cuiabá, ficam vedadas até a data de 31 de dezembro de 2024, a remoção, relotação, cessão, permuta e remanejamento, ou qualquer outra forma de movimentação dos funcionários.
O interventor Hugo Fellipe Lima, pontuou que os servidores nomeados irão atuar na manutenção e reestabelecimento da saúde de Cuiabá.
“Precisamos de pessoas que conheçam o sistema e que tenham bagagem na administração pública, por isso, contamos com servidores do município para resolver os problemas do próprio município. Este decreto tem o intuito de garantir que após o período de intervenção essas pessoas sigam com seus trabalhos na melhoria do sistema de saúde de Cuiabá”, concluiu.
Até o momento, 18 servidores foram nomeados pelo interventor para ocupar cargos de confiança, e outros 39 foram exonerados.
Saúde municipal em colapso financeiro
Nesta quarta-feira, foi divulgado o primeiro boletim do Gabinete de Intervenção que confirmou o caos sobre a situação pessoal e financeira da SMS e da ECSP. O rombo apurado até o momento supera R$ 350 milhões, não havendo dinheiro em caixa para honrar sequer as dívidas mais urgentes da saúde.
Além disso, segundo o levantamento, há a falta de médicos, medicamentos de uso contínuo para tratamento de doenças crônicas, falta de insumos para realização de curativos dos mais simples aos mais complexos e equipe para administração de medicamentos endovenosos, não havendo sequer soro fisiológico para realização de cuidados básicos.
“Apesar da precariedade na prestação do serviço ao cidadão, é emblemática a constatação de que, no período de 06 anos, houve um aumento de 115% no número de contratados temporários na saúde, saltando de 2.075 para 4.452 (dados do Portal da Transparência da Prefeitura de Cuiabá). No mesmo período, entretanto, a população cuiabana cresceu 10,1%”, apontou o boletim.
O gabinete foi criado no dia 29 de dezembro, um dia após a intervenção ser determinada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, atendendo pedido do Ministério Público Estadual.
O governador Mauro Mendes, assim que foi intimado da decisão, nomeou como interventor o procurador do Estado Hugo Fellipe Lima.
O período da intervenção é de 6 meses ou até que seja cumprido os quesitos previstos na representação proposta pelo MP. Entre os pontos estão falta de cumprimento de decisões judiciais envolvendo falta de profissionais e medicamentos.
Todas as informações do Gabinete de Intervenção são encaminhadas para as autoridades competentes, como Ministério Público e Poder Judiciário, para que tomem ciência da situação em que se encontra a saúde pública da capital.
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MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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