POLITÍCA NACIONAL
Líderes condenam vandalismo contra Congresso, STF e Planalto e exigem punição dos responsáveis
POLITÍCA NACIONAL

Líderes de diversos partidos usaram as redes sociais para repudiar os atos de vandalismo realizados em Brasília neste domingo por defensores de golpe de Estado. Foram depredados os palácios sedes dos três Poderes: Congresso, Presidência da República, e Supremo Tribunal Federal.
O presidente de República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal e garantiu que os envolvidos serão punidos. Deputados e senadores devem se reunir amanhã, às 10h, para decidir sobre a análise do decreto.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que o pronunciamento de Lula demonstrou a gravidade dos “acontecimentos criminosos de Brasília”. “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de decretar intervenção federal no DF. Tudo com base na Constituição Federal. Medida necessária para repor a ordem institucional e democrática no Distrito Federal”, disse.

O líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), cobrou a identificação e a punição dos “terroristas” e de seus financiadores. Já a líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), disse que os golpistas não podem ser anistiados. “A intervenção feita por Lula na segurança do DF é uma medida importante. A investigação e punição aos mentores, financiadores e terroristas deve acontecer imediatamente”, disse.
A nova Lei de Segurança Nacional já qualifica como crime punível com prisão de 4 a 8 anos a tentativa de abolir o Estado Democrático com uso de violência.
O líder do PSDB, deputado Adolfo Viana (PSDB-BA), afirmou que os protestos não vão alterar o resultado do processo eleitoral. “Manifestações pacíficas são legítimas e fazem parte do regime democrático. No entanto, a invasão e a destruição de prédios que representam a democracia brasileira são inadmissíveis”, disse.
Vice-líder do PSB, o deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) afirmou que Brasília foi palco de atos criminosos incentivados pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro. “Quando os bolsonaristas invadem e depredam a sede dos três Poderes da República, a única interpretação possível é a de que o objetivo é destruir a democracia”, afirmou. O PSB é o partido do vice-presidente da República, Geraldo Alckimin.

O líder do PSD, deputado Antonio Brito (PSD-BA), também repudiou os atos. “O nosso regime democrático não permite tal violação às instituições”, disse.
Líder do PP, o deputado André Fufuca (PP-MA) afirmou que os atos de vandalismo são “inaceitáveis”. “Atentado aos poderes constituídos – Judiciário, Legislativo e Executivo – é uma afronta não apenas à Constituição, mas à nação brasileira”, afirmou.
O líder do PL, deputado Altineu Cortes (PL-RJ), também repudiou os ataques. “Sempre lutaremos a favor da democracia, da liberdade de expressão e do pleno exercício da manifestação popular, mas também contra ataques às instituições e ao patrimônio público”, disse. O PL é o partido do ex-presidente Bolsonaro.
O líder do PCdoB, Renildo Calheiros (PCdoB-PE), cobrou a identificação dos responsáveis pelos atos de vandalismo realizados neste domingo. “Não podemos tolerar as invasões terroristas deste domingo às sedes dos três Poderes. São grupos criminosos, que agem orientados por um comando. Quem os financia? A quem interessa o caos?”, questionou.
O líder do MDB, deputado Isnaldo Bulhões Jr (MDB-AL), divulgou nota do partido em que se opõe a todos os atos de vandalismo que tentaram “usurpar a nossa democracia por meio de atos golpistas”. “Os criminosos que foram até a Praça dos Três Poderes para destruir seu patrimônio público e histórico devem ser punidos com o rigor da lei”, diz a nota. Ele ressaltou que o Brasil se deparou com “atos criminosos de baderna e depredação do patrimônio público”.
O deputado federal André Janones (Avante-MG), aliado de Lula, criticou a reação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, aos atos. “O governador do Distrito Federal pede ‘perdão’ ao presidente Lula pelo ocorrido. Parece piada, mas esse foi o pronunciamento”. Após o decreto de intervenção, Ibaneis publicou um vídeo em que pede perdão pelo ocorrido neste domingo.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Wilson Silveira
Fonte: Câmara dos Deputados Federais
GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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