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A caminho do hospital, gestante dá à luz em carro de aplicativo

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De férias em Cuiabá para as festas de fim de ano com o pai, o motorista de aplicativo Jeferson Almeida, de 43 anos, presenciou uma gestante dando a luz em seu carro, um Duster branco, na manhã desta segunda-feira (9).

 

Era por volta das 9h30 quando Jeferson resolveu ligar o aplicativo para dar uma volta na cidade e “fazer um dinheirinho”.

No meio do percurso as contrações foram aumentando, eu saí do bairro já procurando uma viatura para abrir caminho até o Hospital.
“No meio do percurso as contrações foram aumentando, eu saí do bairro já procurando uma viatura para abrir caminho até o hospital”, completou.
Assim que entrou na Miguel Sutil Jeferson se deparou com uma viatura da Polícia Penal e sinalizou para receber ajuda.

Eles disseram que não era um veículo próprio para isso, pois nem sirenes tinham, mas já era tarde demais e a mulher começou a dar à luz o bebê.  

Faltando 15 minutos para chegar ao Hospital Santa Helena, o pequeno começou a vir ao mundo.

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“No que eu pedi ajuda para eles, a mulher falou ‘moço tá saindo, tá saindo, o nenê tá saindo’”.

A policial penal que estava na viatura socorreu a mulher e realizou o parto ali mesmo, no banco de trás do veículo.

Como não era possível cortar o cordão umbilical mãe e filho, acompanhados da agente, foram levados até a unidade hospitalar no carro de Jefferson. O pai e o outro agente foram na frente dentro da viatura.

No que eu pedi ajuda para eles a mulher falou ‘moço tá saindo, tá saindo, o nenê tá saindo’

“A policial penal foi fazendo massagem nele, ele estava respirando, mas não chorava. Só foi chorar quando chegou ao hospital e as enfermeiras cortaram o cordão”.

Segundo Jeferson o sentimento foi de preocupação diante da situação. “A gente não tem o treinamento que tem uma policial militar, penal, o Corpo de Bombeiros. A gente fica sem saber o que fazer, se para o carro, se continua dirigindo”.

“Foi Deus que colocou essa viatura, que foram literalmente anjos na vida da moça e do nenê e poder me ajudar também. Se não fossem eles eu não saberia o que fazer”, afirmou.

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Há 4 anos como motorista de aplicativo em São Paulo, ele afirma que essa foi a situação mais inusitada que presenciou.

“Por ser São Paulo a gente já se livrou de algumas enrascadas, mas o milagre da vida que é o nascimento de uma criança foi a primeira vez. Em São Paulo já cheguei a socorrer uma parturiente, mas deu tempo de chegar até o hospital”.

Essa foi a primeira e última corrida do dia para Jeferson, que pretende ainda hoje passar na casa da família e se inteirar do estado de saúde da sua “corrida premiada”.

 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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