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No Uruguai, Lula defende maior presença de mulheres na política

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje (25) a maior presença de mulheres na política. No último dia de viagem à Argentina e ao Uruguai, Lula recebeu uma homenagem da prefeitura de Montevidéu e disse que trabalhará para unificar novamente o pensamento da América Latina.

Lula recebeu da prefeita da capital uruguaia, Carolina Cosse, a medalha Más Verde, em reconhecimento aos esforços feitos pelas suas gestões em defesa do meio ambiente. Um dos principais quadros da Frente Ampla, partido de centro-esquerda que faz oposição ao governo de centro-direita do presidente Lacalle Pou, administra a cidade com paridade na equipe entre homens e mulheres. O presidente brasileiro elogiou a divisão de gêneros na política uruguaia.

“Visitar Montevidéu num momento em que uma mulher, engenheira, dirige esta cidade, é algo confortável porque, no meu partido, a gente tem paridade [de gênero] na direção do partido. Fiquei sabendo que aqui em Montevidéu também há paridade. Esse é um avanço extraordinário. É um sinal de que as mulheres não necessitam mais pedir licença para estar onde querem estar”, declarou Lula em discurso na praça em frente da prefeitura.

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O presidente brasileiro também defendeu o fortalecimento do Mercosul e a união política da América Latina. “Faz apenas 20 dias que assumi a presidência do Brasil e uma das coisas que me fez voltar a ser presidente é que quero construir a unidade da América do Sul e fortalecer o Mercosul para que a gente possa voltar a ser um bloco muito forte e para melhorar a vida do povo”, acrescentou Lula.

Segundo Lula, o Brasil precisa usar o tamanho do país, da economia e do parque industrial para ser “mais generoso” com os países latino-americanos e tratar todas as nações da região com respeito. “O Brasil deve tratar com muito carinho da sua relação com os partidos, com os países amigos. Quando eu viajo a um país, não me preocupo quem é o presidente da República, se ele é de direta, de esquerda, de centro. A postura é tratar com respeito qualquer chefe do Estado da nossa querida América do Sul”, disse.

Pepe Mujica

Após a homenagem, Lula encontrou-se com o ex-presidente uruguaio, José Pepe Mujica e sua esposa, Lucia, que o receberam em sua chácara, próxima a Montevidéu. Embaixo de tendas instaladas no jardim da propriedade, os dois líderes conversaram por alguns minutos, acompanhado de assessores.

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Em postagens nas redes sociais, Lula disse que a reunião tratou de “política, vida e América Latina”, com um vídeo que exibia um abraço entre os dois. O ex-presidente uruguaio também postou uma foto em que informou sobre o encontro “entre dois lutadores da nossa América Latina”.

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Internacional

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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