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Pesquisa apoiada pela Fapemat estuda uso de óleo de pequi e baru na nutrição de frangos

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Uma pesquisa realizada com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) busca melhorar a qualidade animal e segurança alimentar com a utilização de óleos extraídos do pequi e do baru na dieta de aves.

O trabalho é coordenado pelo docente da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), João Garcia Caramori Júnior, e pelo pesquisador convidado Jean Kaique Valentim, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

O projeto intitulado “Melhoradores de desempenho sustentáveis de origem do Cerrado na dieta de frangos de corte” é ligado ao Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os pesquisadores escolheram os óleos funcionais de origem do Cerrado devido ao seu poder antimicrobiano e capacidade de melhorar a flora intestinal dos animais.

Eles destacam que é a primeira vez que os óleos extraídos do pequi e do baru são usados na dieta de frangos de corte, na busca por alimentos de alta qualidade, da segurança alimentar e preservação ambiental.

Pesquisa e demanda cotidiana

O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci-MT), Allan Kardec Benitez, avalia que cada vez mais a pesquisa acadêmica deve buscar resultados concretos para melhorar o dia a dia da população.

“As técnicas da ciência e da inovação, assim como os estudos acadêmicos, devem estar em interlocução permanente com o mercado, a fim de  identificar os gargalos e apontar soluções para melhorar a vida da população. Assim como avançar nos processos do desenvolvimento sustentável, como neste caso da pesquisa sobre o uso dos óleos de pequi e do baru na dieta das aves”, enfatiza o secretário. 

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O presidente da Fapemat, Marcos de Sá Fernandes da Silva, ressalta os 30 projetos aprovados no programa, com benefícios a várias áreas do conhecimento. “Estão entre os estudos, temas como produção vegetal e animal sustentável, biodiversidade, conservação de recursos naturais, educação, saúde e bem-estar, tecnologias e suas aplicações, humanidades, social e aplicadas. Todas as pesquisas trazem soluções inovadoras para o desenvolvimento do Estado com mais eficiência”.

Alternativa sustentável

De acordo com o pesquisador, o objetivo é encontrar alternativas aos antibióticos usados atualmente. Há uma busca constante por produtos alternativos aos antibióticos sintéticos utilizados em dietas de frangos de corte, de modo eficiente e sustentável, sem causar possíveis riscos aos animais e seres humanos.

As expectativas para a execução da pesquisa são altas. “O incentivo financeiro para a condução experimental é uma forma de garantir melhores resultados para o trabalho. Buscamos obter apoio e interligação com outros grupos de estudo da UFMT para amplo aprendizado entre alunos de graduação, pós-graduação e professores”, afirma o professor

Os pesquisadores escolheram os óleos funcionais de origem do Cerrado devido ao seu poder antimicrobiano e capacidade de melhorar a flora intestinal dos animais, além de agirem como moduladores de microbiota intestinal e melhoradores do sistema imunológico. Atualmente, já se utilizam óleos funcionais extraídos do alho e tomilho, mas o uso dos frutos nativos é inédito. O projeto tem duração de 24 meses.

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Baru

O baru, também conhecido como cumbaru ( Dipteryx alata), é uma fruta nativa do Cerrado brasileiro, originária da árvore baruzeiro. Essa árvore é conhecida pela altura e tronco largo, além de ser ameaçada devido à exploração excessiva de sua madeira de alta qualidade e resistência. O fruto do baruzeiro é protegido por uma dura casca, que encobre uma amêndoa de sabor semelhante ao amendoim e de elevado valor nutricional. O baru é apreciado por sua textura crocante e sabor marcante, tornando-se uma iguaria típica da culinária regional brasileira.

Pequi

O pequi (Caryocar brasiliense) é uma fruta típica do Cerrado brasileiro, conhecido por seu sabor único e adocicado. É cultivado principalmente pelas populações indígenas e pequenos agricultores na região, e é utilizado tanto na culinária quanto na medicina tradicional. Além disso, o pequi é rico em vitaminas e minerais, como vitamina C, ferro e cálcio, e é considerado uma boa fonte de proteína.

Fonte: GOV MT

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Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

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A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.

De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.

Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.

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“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.

Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.

O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.

“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.

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