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São Paulo: desfiles das escolas de samba terão audiodescrição e libras
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Para tornar o carnaval uma festa cada vez mais democrática, acessível e inclusiva, os desfiles das escolas de samba que se apresentam no Sambódromo do Anhembi, na capital paulista, vão contar com recursos de acessibilidade. A ideia é da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP), da São Paulo Turismo (SPTuris) e da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo.

Os recursos de acessibilidade serão utilizados nos desfiles de hoje (17), amanhã (18) e do domingo (19). Todos os desfiles terão audiodescrição ao vivo e, pela primeira vez, esse recurso será utilizado não somente para os desfiles do grupo especial mas também para as agremiações que desfilam no grupo de acesso um. Dessa forma, afirma a secretaria, as pessoas com deficiência visual e cegas poderão acompanhar todo o espetáculo que acontece no Sambódromo.
A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que fornece detalhes sobre imagens, expressões faciais, figurinos, cenários e qualquer outra informação que componha o contexto a ser descrito. O serviço, informou a secretaria, será disponibilizado por meio de uma cabine instalada no Sambódromo. A transmissão será em tempo real pelo canal do Youtube da secretaria.
O recurso também será disponibilizado no Desfile das Campeãs, festa marcada para o dia 25 de fevereiro.
Além disso, será desenvolvido, também no canal da secretaria, o projeto Samba com as Mãos. O projeto está disponibilizando os sambas-enredo traduzidos em Língua Brasileira de Sinais (Libras) para a comunidade surda. Ao todo, informou a secretaria, 22 sambas foram traduzidos e os vídeos estão sendo disponibilizados nas redes sociais da secretaria.
Neste ano de 2023, a escola Camisa 12, que se apresentou na semana passada pelo grupo de acesso dois, levou para a avenida o samba-enredo Da Inclusão à Superação, Todos Somos Iguais. Sou um Campeão, uma discussão sobre a inclusão no Brasil.
Edição: Aline Leal
Fonte: EBC Geral
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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