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Quarta edição de Sarau Literomusical celebra povos indígenas e Cuiabá

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Nominada como Ikuiapá, a quarta edição do Sarau Literomusical 100 + 1 celebra os povos indígenas e a cidade de Cuiabá, nesta quarta-feira (19.04). O evento, que é uma realização da Academia Mato-grossense de Letras (AML) em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), contará com a participação de representantes dos povos indígenas de Mato Grosso.

“Fico muito feliz quando uma ação como essa acontece de forma efetiva, principalmente com a participação de nossos povos originários. Tenho certeza que vai ser um evento magnífico com a parceria da Academia Mato-grossense de Letras”, expressa o secretário da Secel, Jefferson Carvalho Neves.

A programação está dividida em três partes, com palestra e oficina das 15h às 17h; seguido por um “Papo Cabeça” envolvendo questões pertinentes aos povos indígenas, das 17 às 18h; e finalizando com um show musical que ocorre das 19h30 às 21h.

A palestra e oficina vão explorar o tema “Línguas e Culturas de Povos Indígenas de MT” e serão conduzidas por Marcelo Munduruku, Marcio Monzilar Corezamaé (Balatiponé-Umutina) e Agnaldo Rodrigues, que também integra a Academia Mato-grossense de Letras. Os três convidados são representantes dos povos indígenas de Mato Grosso e possuem trajetórias acadêmicas.

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“A Academia tem atuado bastante no sentido de abrir suas portas para a sociedade, de uma forma cada vez mais inclusiva. Ao trazer representantes dos povos indígenas que ocupam espaços importantes dentro das universidades, valorizamos a participação deles no contexto cultural mato-grossense”, destaca a presidente da AML, Sueli Batista.

Durante a noite, a produtora cultural Deize Águena, responsável pela produção das apresentações musicais dos saraus, selecionou a experiente musicista mato-grossense Estela Ceregatti. No repertório, canções autorais que reverenciam os povos indígenas e dialogam com Cuiabá e mulheres desta cidade. Com músicas dos álbuns “Cacica” e “Terra Força Mulher”, Estela será acompanhada pelos músicos Jhon Stuart e Augusto Krebs.

Como nas edições anteriores, o 4º Sarau Literomusical terá formato híbrido. Poderá ser acompanhado pela internet, no canal do youtube da AML ou presencialmente, na Casa Barão, sede da Academia, situada na rua Barão de Melgaço, 3869.

As vagas para acompanhar presencialmente são limitadas e a inscrição deve ser feita antecipadamente via WhatsApp, pelos celulares (65) 9 8412 9090 (Zilda Carracedo) e (65) 9 9227 6215 (Ronaldo Silva).

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Fonte: Governo MT – MT

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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