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Governo lança plano nacional para estudos brasileiros na Antártica

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A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, disse hoje (22) que a presença de instalações brasileiras no continente antártico é uma política estratégica de estado que, entre outros fatores, contribui para o debate sobre a sustentabilidade. A afirmação foi feita durante o lançamento do Plano Nacional para a Ciência Antártica do Brasil, que estabelece as diretrizes para a pesquisa brasileira no continente antártico até 2032.

“[A presença do Brasil na Antártica] representa uma permanência necessária e importante para qualquer nação que pretende ter políticas de estado fortes”, disse Luciana. “Faço questão de conhecer essa belíssima pesquisa que a gente desenvolve lá”, afirmou.

Além da produção científica, as instalações brasileiras no continente gelado possibilitam ao país a permanência no tratado da Antártica, que aborda o uso do continente com o propósito de preservá-lo. O Brasil aderiu ao Tratado da Antártica em 1975 e é membro consultivo desde 1983, ou seja, integra o grupo de países que atualmente decidem os rumos do continente.

Pesquisa

No evento de hoje, também foi anunciado o lançamento de um edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no valor de R$ 30 milhões para financiamento do próximo ciclo de pesquisas nacionais no continente gelado. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

“Na pesquisa brasileira na região polar, esse e o maior investimento que estamos fazendo. Isso mostra o comprometimento do nosso ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação com essa atividade que permite ao Brasil estar inserido no grupo de apenas 29 nações do tratado consultivo da Antártida”, afirmou.

Antártica possui 70% da água doce do mundo, que se encontra em forma de gelo. Além disso, o continente é uma das regiões mais sensíveis às variações climáticas na escala global. O gelo também é uma espécie de livro de história do planeta terra, pois permite observar entre outras coisas, as mudanças na biodiversidade, o aquecimento global e as transformações ocorridas no planeta durante as eras glaciais.

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Atualmente, as linhas de pesquisa se concentram em temas voltados para a compreensão da relação entre aquele continente e o clima do Hemisfério Sul com ênfase no continente sul-americano; na origem e evolução da biodiversidade Antártica; em investigações dos processos físicos e biogeoquímicos associados às mudanças na circulação do Oceano Austral e sua interação com o gelo marinho e com as plataformas de gelo que possam ter impacto nos climas do Brasil e do Atlântico Sul.  A compreensão sobre a história geológica da Antártica e dos mecanismos que levaram a configuração atual do continente e sobre a dinâmica e a química da alta atmosfera e o impacto da perda do ozônio estratosférico no clima antártico e os ecossistemas associados também são linhas de pesquisa atuais sobre o continente.

Segundo a Secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Márcia Barbosa, o novo plano vai ampliar de cinco para sete os programas de pesquisa desenvolvidos pelo Brasil no continente. Os programas exploram conexões entre o ambiente antártico e sul-americano, com ênfase nos processos que afetam particularmente o Brasil. Além dessas temáticas, o novo plano inclui pesquisas nas áreas de ciência humanas e saúde.

Brasília (DF), 22/05/2023 - Sec. de Politicas e Programas Estratégicos SEPPE - MCTI, Marcia Cristina Barbosa, no  lançamento do Plano Decenal para a Ciência Antártica do Brasil. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil Brasília (DF), 22/05/2023 - Sec. de Politicas e Programas Estratégicos SEPPE - MCTI, Marcia Cristina Barbosa, no  lançamento do Plano Decenal para a Ciência Antártica do Brasil. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

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Marcia Barbosa explica que novo plano vai aumentar de cinco para sete os programas de pesquisa desenvolvidos pelo Brasil no continente – Wilson Dias/Agência Brasil

“Estamos incluindo ciências humanas, em uma região onde pessoas de diversos países convivem em harmonia e têm muito para nos ensinar diplomaticamente. Ciência talvez seja a forma mais diplomática de interação e a gente tem que aprender com ela”, disse a secretária. 

A primeira expedição exclusivamente brasileira ocorreu em 1982 e está completando 41 anos em 2023. A participação do Brasil no continente ocorre no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), mais antigo programa de pesquisa do país, que tem como objetivo aumentar a produção de conhecimento científico sobre a Antártica e suas relações com o Sistema Terrestre, envolvendo a criosfera, os oceanos, a atmosfera e a biosfera.

A estação brasileira Comandante Ferraz, na Antártica, possui 14 laboratórios internos e outros três laboratórios externos. As expedições para o continente gelado geralmente ocorrem de outubro até abril do ano seguinte. Durante o lançamento do plano, a ministra ressaltou o empenho do ministério para assegurar recursos para a pesquisa na região.

“O Proantar é um programa de estado e, como tal, tem assegurado as condições para o desenvolvimento de pesquisas de alta qualidade sob temas antárticos relevantes, especialmente aqueles com repercussão global e que afetam a população e os territórios brasileiros”, disse Luciana.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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