INFORMAÇÕES CONFIÁVEIS
Recursos do Google vão facilitar acesso a benefícios sociais e vacinas
MATO GROSSO
O usuário que fizer buscas sobre benefícios sociais como o Bolsa Família e o seguro-desemprego encontrará no topo dos resultados da busca do Google um painel com links para conteúdos oficiais do governo federal. A iniciativa, anunciada durante o evento Google for Brasil, nesta terça-feira (27), em São Paulo, tem o apoio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Com objetivo de facilitar o acesso a informações confiáveis sobre os benefícios, o recurso está entrando no ar aos poucos e deve aparecer para os usuários nos próximos dias, informou o Google.
Dados do Google Trends mostram que as buscas pela plataforma GOV.BR aumentaram 90% no Brasil em 5 anos. Já as buscas por Bolsa Família, incluindo o Auxílio Brasil, teve alta de mais de 250% no mesmo período. As perguntas mais buscadas pelo tema são Quem tem direito ao Bolsa Família?, Como se cadastrar? e Como saber se fui aprovado?
“Além desses serviços, já temos mais de 4.200 serviços digitais na plataforma GOV.BR, como obter o passe livre, solicitar aposentadoria, obter financiamento do Fies e muitos outros. Destacam-se ainda as ferramentas de Prova de Vida Digital e a Assinatura GOV.BR, que podem ser utilizados pelos usuários na solicitação de serviços. Essa parceria com o Google vai ajudar a dar mais segurança para os cidadãos que buscam informações sobre os serviços ofertados pelo governo federal”, disse, em nota, Rogério Mascarenhas, secretário de Governo Digital do MGI.
A busca e o Google Maps vão dar ainda informações atualizadas sobre 39 mil postos de vacinação e unidades básicas de Saúde (UBS). Ao buscar no Google por Postos de saúde perto de mim, Vacina perto de mim, Pontos de Vacinação ou Onde posso me vacinar?, a plataforma exibirá os postos mais próximos de quem está procurando. Quando o usuário clicar em uma das unidades, terá acesso a dados sobre localização, telefone, site e horários de funcionamento.
Alertas climáticos
Entre as iniciativas anunciadas nesta terça-feira, estão também parcerias com autoridades e pesquisadores para o monitoramento e a previsão de problemas climáticos.
O Google vai usar inteligência artificial para ajudar a detectar incêndios e inundações ribeirinhas. O alerta de inundações ribeirinhas, para detectar as cheias de rios, foi lançado em novembro do ano passado e agora terá expansão, atingindo 80 localidades.
A novidade anunciada no evento desta terça-feira é que os alertas para enchentes em regiões ribeirinhas serão enviados por notificações no celular.
De acordo com a empresa, usuários do sistema Android que estiverem com suas notificações ligadas e localizados próximos das regiões impactadas por inundações ribeirinhas começarão a receber alertas em tempo real e previsão no celular. Antes, o alerta estava apenas disponível na busca e no Maps. Essa é uma atualização do Sistema de Alerta de Previsão de Inundações, que usa IA e dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM).
Além de distribuir alertas, o recurso oferece informação sobre o nível das águas dos rios e previsões de cheias, que podem ajudar a população ribeirinha a se proteger com até 7 dias de antecedência. “De novembro a abril, o sistema emitiu 58 alertas de enchentes em tempo real em todo o país, em 6 estados brasileiros, impactando 4,4 milhões de pessoas que moram nas regiões afetadas”, informou a empresa.
Em abril, o Google já havia anunciado colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisa e Espaciais (Inpe), que faz monitoramento de incêndios e desmatamento, para testar uma tecnologia que combina dados de imagens de satélite com IA para fazer a detecção de incêndios em estágio inicial. Os alertas já começaram a ser emitidos em caráter de teste para o Inpe, informou a plataforma.
A empresa anunciou também parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro para ajudar a criar modelos de IA capazes de prever, com mais precisão e em curto prazo, a hora exata de uma chuva ou tempestade, para a cidade do Rio de Janeiro.
“Esses são só alguns exemplos do potencial da inteligência artificial do Google para trazer impacto social e contribuir com o trabalho das autoridades locais na previsão de enchentes e outras tragédias naturais. E o mais importante, possibilitar às populações afetadas mais acesso a informações confiáveis para mantê-las seguras em momentos críticos”, disse o diretor do Google Brasil, Fábio Coelho.
Endereços
O Google anunciou também parceria com a ONG Gerando Falcões e a logtech naPorta (startup de logística) para mapear e criar endereços digitais em 20 comunidades brasileiras até o final de 2023, começando pelas favelas Cidade de Deus, em Ferraz de Vasconcelos, e Tubulação, em Poá, ambas na Grande São Paulo. Os endereços serão gerados por meio do Plus Codes, códigos curtos semelhantes a códigos postais, uma tecnologia aberta, gratuita e integrada ao Google Maps.
O objetivo do projeto é facilitar o acesso dos moradores, empresas e pequenos estabelecimentos das regiões a serviços e recursos como o atendimento de saúde emergencial e o recebimento de correspondências e mercadorias. A previsão é que a iniciativa atinja 40 mil pessoas, com 10 mil endereços criados até o final do ano que vem.
O processo de coleta de dados em campo, a confecção e fixação de placas com os novos endereços e a entrega de encomendas aos moradores ficam a cargo da naPorta. A Gerando Falcões tem papel na conscientização das comunidades sobre a tecnologia, além de promover o engajamento dos moradores no uso da ferramenta.
“O endereço digital é tão importante quanto um documento de identidade. Se a pessoa não tem endereço, é como se ela não tivesse também identidade. Porque sem o endereço, ela não tem acesso a recursos como fazer uma encomenda da sua casa ou potencializar o seu negócio local, abrir um CNPJ, ela não consegue botar no currículo onde ela mora, então a falta de CEP e de endereço é falta de dignidade e de acesso e de oportunidade para que a favela e o favelado consigam alavancar e emergir”, disse Lemaestro, cofundador da Gerando Falcões.
No ano passado, o projeto ocorreu em Paraisópolis, onde gerou 14 mil emplacamentos impactando 50 mil residentes, e o emplacamento de 100% das residências da Favela dos Sonhos e Itaprata, ambas em Ferraz de Vasconcelos, totalizando em 68 rotas criadas e 390 endereços mapeados.
“De acordo com os dados da pesquisa elaborados pelo Data Favela, existem cerca de 17,9 milhões de pessoas vivendo em favelas e em periferias no Brasil. Em compras, isso tem o potencial de gerar R$ 220 bilhões. Porém, o mesmo levantamento, com o apoio do Instituto Locomotiva e da Central Única das Favelas (Cufa), aponta que 70% dessa população deixou de adquirir algum item ou de continuar nas buscas de compras por não ter como recebê-los em casa, mesmo com acesso à internet”, divulgou o Google.
Lemaestro acrescentou que o projeto ajuda na inserção dessas pessoas na economia, alavanca a economia local e muda a trajetória das famílias. “Pensa no pequeno empreendedor que tem um salão de cabeleireiro, que tem a quitandinha da esquina, que é um baita empreendedor, é um baita talento, mas ele não tem algumas ferramentas para fazer com que aquele negócio dele possa ser maior ou possa ter mais sustentabilidade”, disse.


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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