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Mostra no Jardim Botânico do Rio reúne livros e documentos raros

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Para marcar os 133 anos da Biblioteca Barbosa Rodrigues, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) promove, até a próxima sexta-feira (14), a mostra Recortes de Memória, com vários itens jamais apresentados ao público. A obra mais antiga do acervo, datada de 1565, Commentarii in Sex Libros Pedacci Dioscordis Anazarbei De Medica Materia, de Pietro Andrea Mattioli, sobre botânica médica, faz parte da mostra. De acordo com a biblioteca, o livro traz ilustrações e descrições de plantas, animais e minerais que eram utilizados para fins terapêuticos no século 16. Além da biblioteca do Jardim Botânico, apenas a Biblioteca Nacional possui a obra em seu acervo.

A exposição apresenta também a obra Hesperides Siue De Malorum Aureorum Cultura et Usu Libri Quatuor, edição de 1646, de Giovanni Battista Ferrari, sobre ilustração botânica, em especial frutas cítricas. Entre as obras raras está ainda a L’uirarêry, ou, Curare : Extraits et Complément des Notes d’un Naturaliste Brésilien”, de João Barbosa Rodrigues, edição de 1903. No livro, o botânico brasileiro expôs suas pesquisas sobre o curare, iniciadas à época de sua primeira viagem ao vale do Amazonas, em 1873, e a disputa que manteve com o médico e pesquisador do Museu Imperial de História Natural João Batista de Lacerda, em fins do século 19, sobre o antídoto do curare.

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O veneno tem uma ação paralisante e é utilizado por algumas tribos indígenas nas pontas das flechas e dardos lançados pelas zarabatanas para a caça. O curare é preparado em um ritual conduzido pelo curandeiro da tribo, com a utilização de diferentes tipos de lianas e raízes em sua composição, responsáveis pela toxicidade do veneno.

A Biblioteca Barbosa Rodrigues possui um acervo de cerca de 110 mil volumes, entre livros, periódicos, iconografia, dissertações e teses na área de botânica e correlatas, sendo a maior da América Latina. Do total, há 4 mil obras raras sobre botânica, datadas dos séculos 16 ao 20. No início, contou com obras pertencentes a D. Pedro II, doadas pela família imperial a João Barbosa Rodrigues, então diretor do JBRJ.

A mostra pode ser visitada até sexta-feira (14), das 8h às 12h e das 13 às 17h, e tem entrada gratuita. A Biblioteca Barbosa Rodrigues fica no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na Rua Jardim Botânico, 1008, zona sul da cidade.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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