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Exposição reúne em SP ilustradores negros da literatura infantil

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A exposição Karingana, no Sesc Bom Retiro, no centro da capital paulista, reúne a arte de 47 ilustradores negros de diversas regiões do país. Mais de cem trabalhos voltados para a literatura infantil estarão expostos a partir de hoje (15) até 28 de fevereiro de 2024.

A mostra está instalada no segundo andar do edifício e busca oferecer ao público uma imersão no universo lúdico infantil, com a celebração das culturas afro-brasileiras e reflexões sobre negritude, ancestralidade e antirracismo.  

“Se olharmos para a história da literatura infantil brasileira, a gente sabe que personagens negros eram estereotipados ou invisibilizados. E essa é a relevância talvez dessa exposição: quando a ilustração negra está presente ela traz outra perspectiva, outro olhar para os personagens, vendo boniteza e beleza nessa história e nesses corpos que habitam esse livro”, destaca a curadora Ananda Luz.

A montagem do espaço e a própria disposição das obras compõem um mosaico de diferentes técnicas, linguagens e significados, que parte do ponto de vista da própria criança.

“É um reconto de mundo. Quando estou ilustrando, o foco é trazer uma nova visão de como o mundo pode ser construído, mais afrocentrada. Eu acho que a força está em trazer essa ancestralidade do reconto; e nas crianças poderem ter uma outra visão de mundo que não das visões ocidentais”, ressalta um dos ilustradores da mostra Rodrigo Andrade.   

São Paulo (SP)Exposição reúne em SP ilustradores negros da literatura infantil.  ILUSTRADO POR RUBEM FILHO. São Paulo (SP)Exposição reúne em SP ilustradores negros da literatura infantil.  ILUSTRADO POR RUBEM FILHO.

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Ilustração por Rubem Filho, em exposição no Sesc Bom Retiro, em SP – Divulgação

A mostra coletiva também oferece oficinas, bate-papos, contação de histórias e atividades que promovem a interação entre crianças e adultos, baseadas na educação antirracista.

O Sesc Bom Retiro fica na Alameda Nothmann, 185. A visitação vai até 28 de janeiro de 2024, de terça a sexta, das 9h às 20h (exceto 21 de novembro); sábados, das 10h às 20h; domingos e feriados, das 10h às 18h. O ingresso é gratuito.   

Colaborou Guilherme Jeronymo, da TV Brasil.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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