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CUIABÁ

LAVAVA O BANHEIRO DE CASA

Jovem mistura produtos de limpeza e tem intoxicação grave em Cuiabá: ‘tomei injeção de adrenalina’

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A estudante Maria Luiza Gomes Rodrigues, de 20 anos, lavava o banheiro da casa em que mora em Cuiabá quando precisou ser socorrida às pressas com dificuldade para respirar no sábado (19). Maria Luiza teve uma intoxicação grave e precisou tomar injeções de adrenalina e antialérgico no hospital. Ela conta que misturou desinfetante, água sanitária e um produto que descreveu como “limpa piso”.

A jovem explica que sempre usou a mistura de desinfetante e água sanitária para lavar o banheiro de casa. Apesar de relatar que sentia desconforto respiratório durante o processo, Maria Luiza achava que estava tudo normal. No sábado (19), no entanto, ela relata que também usou o limpa piso misturado aos produtos.

“O maior problema foi que não li o rótulo do produto, achei que era um desinfetante pela cor, achei na minha casa e nunca tinha usado. Não diluí o bastante e ainda misturei com água sanitária. Meu outro erro foi que senti o desconforto na hora que estava lavando, mas continuei a resistir, porque não sabia da gravidade do que estava acontecendo”.

Mesmo com a porta do banheiro aberta, Maria Luiza continuou a sentir o desconforto respiratório e decidiu tomar um antialérgico. Ela conta que 20 minutos depois começou a perceber que a garganta estava “fechando”.

“O que senti foi uma dificuldade para respirar, não conseguia respirar fundo sem tossir, piorava quando estava sentada”.

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Maria Luiza ficou no hospital das 18h30 às 22h em observação. A estudante explica que deu entrada na unidade de saúde com oxigenação e pressão baixa, além de ter tido dificuldade para falar por conta dos problemas respiratórios. De acordo com ela, a equipe de saúde responsável confirmou que a situação foi grave.

“Quero ressaltar a importância de ler rótulos, porque esse foi o meu maior erro. A gente tem o costume de achar que todo produto de limpeza é igual e acaba se deixando levar por isso”.

Risco de misturar produtos de limpeza 

O Guia dos Entusiastas da Ciência da Universidade Federal do ABC, em São Paulo (SP), explica que, por falta de informação, é comum que as pessoas misturem produtos de limpeza, correndo risco de reações químicas e formações de novos compostos químicos, que podem ser prejudiciais à saúde. De acordo com um dos artigos publicados no guia, as misturas podem causar queimaduras, intoxicação respiratórias e até mesmo uma explosão.

A água sanitária é um dos produtos de limpeza que não deve ser misturada a outras substâncias, já que tem o hipoclorito de sódio como princípio ativo. De acordo com a UFABC, o produto é suficientemente forte para matar todos os vírus que têm camada lipoproteica.

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“Misturada com álcool em gel, por exemplo, destrói tanto o hipoclorito de sódio da água sanitária quanto o álcool do álcool em gel. O hipoclorito é um agente oxidante e pode oxidar o álcool formando outro composto, o acetaldeído. Este é tóxico, podendo causar irritação e queimadura”, diz trecho da publicação.

Outra mistura que não deve ser feita em casa, é entre água sanitária e vinagre. Segundo a UFABC, quando os produtos são combinados, eles formam o gás cloro (Cl2), que mesmo em pequenas quantidades pode causar problemas de respiração, ardência nos olhos e queimaduras.

“Outra mistura que deve ser evitada é a água sanitária com detergente, pois pode causar problemas para a saúde. O ideal é usar a água sanitária primeiro, enxaguar com água e só depois usar o detergente. Assim como os desinfetantes, os detergentes também podem conter aminas. Assim, a mistura desse produto com a água sanitária leva à formação das cloroaminas, que prejudicam as vias respiratórias”, publicou o Guia dos Entusiastas da Ciência.

O site “Pode Misturar?“, idealizado pela divulgadora científica e farmacêutica Laura Marise, é uma ferramenta que pode ser utilizada para saber quais misturas são seguras ou não. A plataforma é simples: basta selecionar os produtos que serão misturados e aguardar o resultado.

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Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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