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Mato Grosso é o 2º do país com maior valor de produção extrativista do país

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O valor da produção extrativista (exploração dos recursos vegetais naturais) de Mato Grosso atingiu R$ 940,5 milhões em 2022, e é o segundo maior do país, com 15,1% da participação nacional, atrás somente do Pará. Os dados são do Observatório de Desenvolvimento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) com base na Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2022, divulgada nesta quarta-feira (27.09), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os municípios de Colniza e Aripuanã são os maiores produtores com 0,6% e 18% de participação estadual, respectivamente. Todos os municípios do Estado registraram algum valor de extração. São considerados não apenas a madeira em tora, mas também os subprodutos de origem florestais como ceras, fibras, gomas, borrachas, castanhas, óleos essenciais, dentre outros produtos.

“A extração vegetal em Mato Grosso é decorrente do manejo sustentável, de cortes autorizados, cujos produtos são certificados e rastreados. Mato Grosso é pioneiro no país com a madeira rastreada da origem na floresta até o consumidor final”, apontou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

Mato Grosso e Pará respondem por 71,4% da quantidade de madeira em tora extraída, representando 83,4% do valor dessa produção. Parte do produto atende o mercado interno e a outra é exportada a outros países.

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Já em relação à silvicultura (produção de carvão vegetal, lenha e madeira oriundos de florestas plantadas para fins comerciais), Mato Grosso ocupa a 10ª colocação, com 1,9% da participação nacional. O destaque é Alto Araguaia, que saltou de 2021 com R$ 77 mil para R$ 253 milhões em 2022. Em segundo lugar, está Santo Antônio de Leverger com R$ 37,9 milhões registrados. Houve um crescimento de 87% em relação ao valor de produção do ano anterior, sendo que 94 municípios registraram algum valor de produção.

Redução da área de florestas plantadas

Em 2022, houve redução de 23,5% na área de florestas plantadas (eucalipto, teca e outras espécies) em Mato Grosso, saindo de 283 mil hectares para 226 mil hectares. Ainda assim, o estado se mantém na 10º posição com destaque para a produção de Cáceres (12,8 mil hectares), Água Boa (11,1 mil hectares) e Alto Taquari (11 mil hectares).

“Houve uma alta demanda de matéria-prima energética nos últimos anos, mediante crescimento da indústria de biocombustíveis o que acarretou no uso da madeira de eucalipto. Pode ser que houve até o aumento das áreas plantadas, mas as árvores reflorestadas estão em crescimento ainda não foram identificadas por satélite”, informou a engenheira ambiental da Sedec, Camila Bez Batti Souza.

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Conforme o Observatório de Desenvolvimento, houve uma redução de florestas de eucalipto de 218 mil hectares para 156 mil hectares, enquanto aumentaram de outras espécies, passando de 61 mil hectares para 70,5 mil hectares.

Desenvolve Floresta

Por meio de recursos do Fundo Desenvolve Floresta, é possível assegurar ao Estado de Mato Grosso a oferta da matéria-prima para a indústria madeireira e seus demais consumidores, financiando pesquisas florestais, eventos técnicos, dentre outros.

Já está em discussão pelo Conselho Gestor do Desenvolve Floresta a liberação de recursos para financeiros para manejo florestal sustentável, investimentos em florestas plantadas, recuperação de áreas degradadas e matas ciliares, assistência técnica e extensão florestal.

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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