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POLITÍCA NACIONAL

Simone Tebet diz que ministério está concentrado na avaliação dos gastos do governo

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POLITÍCA NACIONAL

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse aos parlamentares da Comissão Mista de Orçamento que o ministério está trabalhando para avaliar erros e fraudes na concessão de benefícios de programas como Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada e aposentadorias do INSS. Ela esteve na comissão para apresentar o projeto do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 (PLN 28/23).

Segundo a ministra, o momento agora é de avaliar as despesas para gastar com mais qualidade. “Se nós conseguirmos virar esta chave e garantir qualidade dos gastos públicos, nós teremos sem dúvida nenhuma um novo Brasil”, afirmou. No caso do Bolsa Família, o foco da apuração é o aumento expressivo de famílias com apenas uma pessoa, o que pode revelar fraudes.

A ministra lembrou que, a partir de 2024, serão apresentados relatórios trimestrais de avaliação das políticas públicas. Ela citou especificamente a avaliação dos R$ 400 bilhões de renúncias fiscais que constam do Orçamento; ou seja, reduções e isenções de impostos para alguns setores. “Tirar de quem não merece e está recebendo de forma injusta para dar para quem precisa”, disse Tebet.

O deputado Odair Cunha (PT-MG) disse que a avaliação dos gastos é fundamental. E citou o exemplo da abertura de novas universidades públicas. “Nós precisamos olhar quantas pessoas serão atendidas, quem serão os beneficiários, quantos jovens vão se formar em cada uma das instituições que nós vamos abrir. Quantos jovens estão sendo formados nas instituições que nós já temos? Qual é a relação aluno-professor?”, enumerou.

Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Apresentação e debate sobre o PPA 2024-2027. Dep. Bohn Gass (PT-RS)
Bohn Gass quer realizar debates sobre o PPA

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Eixos
A ministra Simone Tebet disse que o PPA tem 88 programas divididos em três eixos: social, econômico e institucional. O plano é um planejamento de médio prazo que deve orientar a elaboração dos orçamentos anuais. Estão previstos R$ 13,3 trilhões para os próximos quatro anos.

Este PPA foi feito após uma ampla consulta à população e trouxe algumas novidades, como a necessidade de os ministérios atuarem para que temas transversais como mulheres e indígenas façam parte de todas as políticas.

Também foram fixados indicadores e metas para várias ações, como combate à extrema pobreza. Eram 6% de miseráveis em 2022 e a meta é chegar a 2,72% em 2027. “É um país que seja democrático, justo, desenvolvido, ambientalmente sustentável, onde todas as pessoas vivam com qualidade, dignidade e respeito às diversidades”, resumiu Simone Tebet.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, disse que o governo incorporou 76,5% das 8.254 propostas recebidas da população.

O relator do PPA, deputado Bohn Gass (PT-RS), disse que agora serão realizadas audiências públicas sobre os três eixos do plano.

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Argentina
Questionada pelo deputado Vicentinho Júnior (PP-TO), a ministra Simone Tebet esclareceu que o presidente Lula não a orientou a votar favoravelmente a um empréstimo de 1 bilhão de dólares do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) para a Argentina. Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo afirma que Lula teria interferido para que o empréstimo fosse aprovado.

Simone Tebet disse que ela é quem vota no CAF e que não falou com Lula sobre isso. “É um procedimento corriqueiro”, afirmou.

Ela disse que o Brasil votou favorável ao empréstimo com mais 19 países. Segundo ela, o dinheiro não é só do Brasil porque o País tem apenas 8% de participação no banco. A ministra informou ainda que o empréstimo foi por apenas dez dias e que a Argentina já pagou.

Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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