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HOMOFOBIA NA MISSA

Igreja vira ré em MT por padre xingar repórter da Globo de “viadinho”

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MATO GROSSO

A Segunda Câmara de Direito Público e Coletivo do Tribunal de Justiça (TJMT) decidiu que a Diocese de Diamantino (180 Km de Cuiabá) também responderá pelas declarações do padre Paulo Antônio Muller, que chamou um repórter da TV Globo do Rio de Janeiro de “viadinho”.

Em julgamento do último dia 3 de outubro, a Segunda Câmara decidiu por unanimidade acatar parcialmente um recurso do Ministério Público do Estado (MPMT), que ingressou com uma ação exigindo do padre e da Diocese uma indenização por danos morais. O órgão ministerial também pede que o Poder Judiciário determine uma multa de R$ 200 mil caso o padre volte a proferir declarações preconceituosas.

Na primeira instância, a justiça mato-grossense preferiu estabelecer, ou não, a indenização por danos morais, e a aplicação de multa, somente depois da análise de mérito do processo, ou seja, após a fase de produção de provas nos autos – depoimentos, eventuais perícias etc. A decisão também excluiu a Diocese de Diamantino da ação.

O MPMT ingressou com um recurso, que foi analisado pela desembargadora Maria Aparecida Fago, membro da Segunda Câmara de Direito Público e Coletivo do TJMT. Ela reconheceu que a Diocese de Diamantino deve sim responder ao processo junto ao padre Paulo Antônio Muller, tendo em vista que ambos possuem uma relação de “subordinação”.

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“É óbvia a existência de subordinação, esta caracterizadora da relação de preposição, no caso em apreço, pois existe evidente relação voluntária de dependência entre o padre e a Diocese à qual ele se vincula, sendo certo, ainda, que o pároco recebe ordens, diretrizes e toda uma gama de funções da Diocese e, portanto, está sob seu poder de direção, mesmo que a ela submetido por mero ato gracioso (voto religioso)”, analisou a desembargadora.

Em relação à concessão dos pedidos do MPMT antes da análise de mérito do processo, entretanto, Maria Aparecida Fago concordou com a decisão de primeira instância, deixando para analisar a indenização e a multa só depois da fase de produção de provas.

Segundo a denúncia, Paulo Antônio Muller não teria gostado da declaração que o repórter Erick Rianelli, à época na TV Globo do Rio de Janeiro, fez ao marido, o também jornalista Pedro Figueiredo, em 2021, no “Dia dos Namorados”, em 12 de junho daquele ano. As falas do padre ocorreram durante uma missa numa igreja de Tapurah (430 Km de Cuiabá).

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“Queremos rezar, você que é casado na Igreja, você que é namorado, noivo. Vamos pedir a Deus que nós possamos viver bem esse tempo. E sempre nos lembrar que a gente namora não para a gente, a gente namora para o outro, e a gente faz o namoro não como a Globo apresentou durante essa semana: dois viado. Desculpa, dois viado. Um repórter com um viadinho chamado Pedrinho (…) ridículo!”, diz a denúncia.

Ainda de acordo com o MPMT, o padre também teria dito “por favor, que essa não seja sua cabecinha também, tá? Nem do seu filho, nem da sua filha. Pegue a Bíblia, olha o livro do Gênesis. Deus criou homem e mulher. Concebeu a família em o homem deixar sua casa, seu pai, a mulher deixar sua casa, sua família, e os dois se unirem”.

Só depois da fase de produção de provas a justiça deve proferir sua sentença pela condenação, ou absolvição, do padre e da Diocese de Diamantino.

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MATO GROSSO

Mato Grosso exporta 368,8 mil toneladas de carne bovina para 77 países no primeiro semestre

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Mato Grosso exportou, de janeiro a junho de 2025, 368,8 mil toneladas de carne bovina para 77 países. Em comparação com o primeiro semestre de 2024, houve um crescimento de 5,7% nas exportações da proteína, que somaram 348,8 mil toneladas no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

“Vivemos um momento histórico, com o reconhecimento crescente da cadeia produtiva mato-grossense em qualidade e sustentabilidade. Essa combinação tem gerado confiança nos compradores internacionais e alimentado um otimismo real para batermos recordes ao longo de 2025”, afirma o diretor de Projetos do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Bruno de Jesus Andrade.

Entre os fatores que contribuíram para esse aumento está a ampliação dos mercados de destino, que passaram de 74 em 2024 para 77 em 2025. Entre os países que adquiriram a carne mato-grossense neste ano estão Chile, Rússia, Egito, Filipinas, Arábia Saudita, México, Itália, Espanha, Israel, Líbano, Holanda, Albânia e Turquia.

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A China continua sendo o principal destino da carne bovina do estado, tendo importado 182,7 mil toneladas, o que representa 49,5% do total. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com 26,5 mil toneladas, o equivalente a 7,2% das exportações mato-grossenses de carne bovina em 2025.

A carne bovina produzida em Mato Grosso também está mais valorizada no mercado internacional, com aumento no preço pago por tonelada. No primeiro semestre de 2024, o valor médio era de US$ 4,5 mil, subindo para US$ 5,1 mil neste ano.

“A carne bovina segue como a principal proteína animal exportada pelo estado, o que comprova a força da nossa pecuária. Continuaremos trabalhando para a ampliação de novos mercados, especialmente no Leste Asiático e na União Europeia, onde temos boas perspectivas de expansão em médio prazo”, avalia o diretor de Projetos do Imac.

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