MATO GROSSO
Unemat e universidade chinesa firmam acordo para intercâmbio de professores e estudantes
MATO GROSSO
O acordo prevê intercâmbio de alunos e professores de ambas as universidades, além da implantação de uma unidade do Instituto Confúcio no campus da Unemat em Sinop, onde funcionará um Centro de Línguas, com cursos de língua portuguesa para chineses e mandarim para brasileiros.
A cerimônia de celebração foi realizada no Auditório do Escritório da Unemat em Cuiabá, na qual representantes da Unemat e do Núcleo de Relações Internacionais do Estado de Mato Grosso (Nurimat) receberam a comitiva chinesa e puderam apresentar a instituição estadual e conhecerem a universidade chinesa.
O chefe da Comissão de Gerenciamento da Universidade de Ciência e Engenharia de Sichuan, Wang Honghui, explicou que o acordo de cooperação busca promover a qualidade do ensino em ambas as instituições.
“Com este acordo, nossos alunos e professores terão a oportunidade de realizar intercâmbio para conhecer o Brasil, e os alunos e professores brasileiros de conhecerem a China, promovendo a qualidade de ensino”, disse Wang.
A reitora da Unemat, Vera Maquêa, enfatizou que a próxima etapa é o estabelecimento de um plano de trabalho, com previsão de uma primeira missão já no primeiro semestre de 2024.
“A SUSE possui um grande interesse na área de engenharia, já que é uma área em que eles são muito fortes, mas também há um enorme interesse na área de línguas e culturas”, disse.
Vera também lembrou a importância da celebração do acordo tendo em vista que ambos os países são integrantes do BRICS (fórum internacional composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e que possuem um vasto horizonte de relações comerciais.
“Por isso precisamos da área de Línguas e Culturas, além, claro, de outras áreas do conhecimento. A partir daí vamos receber estudantes e professores da SUSE e também vamos poder enviar nossos estudantes e servidores para realizar ações de ensino, pesquisa e extensão na China”, assegurou.
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Unemat, Áurea Ignácio, também reforçou que a perspectiva é que o intercâmbio inicie em um curto período.
“O fundamental desta cooperação é a implantação do Instituto Confúcio no campus de Sinop, onde terá um Centro de Línguas para oferta do curso de mandarim para brasileiros e o curso de português para chineses, e isso contará como muito positivo para os programas de pós-graduação envolvidos, uma real colaboração para o quesito internacionalização”, afirmou a pró-reitora.
A cerimônia também contou com a participação do vice-reitor Alexandre Porto; da presidente do Nurimat, Rita de Cássia Chiletto e da coordenadora de Línguas Aplicadas à Internacionalização da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Caroline Pereira de Oliveira.
SUSE
A Universidade de Ciência e Engenharia de Sichuan é uma universidade pública provincial localizada na cidade de Zigong, na província de Sichuan, na China. Sichuan é a quarta maior província chinesa em população e a quinta em área.
A universidade também é conhecida pela sigla em inglês SUSE, de Sichuan University of Science and Engineering.
Originalmente estabelecida em 1965, a instituição incorporou outras três faculdades para se tornar uma universidade em 2003, sendo uma das principais universidade do Centro-Oeste chinês, com forte atuação na área de tecnologia industrial.
A SUSE é composta por 17 faculdades e oferta 74 cursos de graduação, 34 mestrados e 2 mestrados profissionais, com destaque na pesquisa nas áreas de engenharias, ciência, administração, economia, direito, literatura, arte, educação e história.
A universidade chinesa conta com 1.500 professores em tempo integral, 700 em tempo parcial, dos quais 1.000 possuem titulação de mestre ou doutor. A SUSE recebe cerca de 29 mil alunos de graduação e 600 de pós-graduação oriundos de 23 das 34 províncias e regiões chinesas.
Na área da extensão, a universidade chinesa possui acordos com 13 governos locais e mais de 100 empresas, somando mais de 2.200 programas.
INSTITUTO CONFÚCIO
O Instituto Confúcio é uma organização educacional pública sem fins lucrativos vinculada ao Ministério da Educação da China, com o objetivo é promover a língua e a cultura da China, dar apoio ao ensino da Língua Chinesa e facilitar o intercâmbio cultural em todo o mundo através dos Institutos Confúcio associados. O nome do Instituto é uma homenagem ao notável pensador chinês, Confúcio.
Iniciado em 2004, os institutos operam em cooperação com faculdades e universidades em todo o mundo. O Instituto Confúcio é similar a outras organizações de promoção linguística e cultural, como o Instituto Camões de Portugal, o Conselho Britânico do Reino Unido, a Aliança Francesa da França, a Sociedade Dante Alighieri da Itália, o Instituto Cervantes da Espanha e o Instituto Goethe da Alemanha.
NURIMAT
O Núcleo de Relações Internacionais do Estado de Mato Grosso (Nurimat) é composto pelos escritórios de relações internacionais da Unemat, , da UFMT, do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) e da Casa Civil do Governo do Estado de Mato Grosso, e visa consolidar parcerias para a internacionalização no Estado.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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