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Estudantes de escola técnica estadual produzem bioinseticida para controle de pragas em lavouras

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Um projeto desenvolvido por estudantes da Escola Técnica Estadual (ETE), em Tangará da Serra, resultou em uma cápsula biodegradável com propriedades bioinseticidas para o controle de insetos e pragas das lavouras dos produtores rurais da região, usando resíduos orgânicos.

A pesquisa recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), com recursos financeiros do edital “Ambientes de Pesquisa e Inovação em Escolas Técnicas de Educação Profissional e Tecnológica”.

A cápsula biodegradável é composta por fontes orgânicas “in natura” em pó ou granular, a partir dos resíduos orgânicos, como a pimenta malagueta, casca de laranja, limão, cebola, tomate, fumo, cravo da índia, alho, casaca de ovo, borra de café, e casca de banana.

As plantas aromáticas e os restos vegetais são dessecados ao sol, moídos e transformados artesanalmente em cápsulas a partir do uso de um agente aglutinante orgânico. Nas lavouras, inicialmente as cápsulas desenvolvem a função de bioinseticida, e, posteriormente, ao perderem sua eficácia começam a decompor no solo, transformando-se em adubo natural.

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O uso das cápsulas nas hortas apresentou redução de pragas, tornando possível a produção de alimentos mais saudáveis. Ao todo, 30 propriedades rurais fizeram parte do experimento.

Os produtores foram auxiliados na parte técnica de manejo e receberam orientações de gestão.

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) foi implementado nas áreas de estudo para evitar custos elevados de produção e perdas de produtividade devido a pragas, incluindo lagarta-rosca, bicho capixaba, mosca branca, consideradas comuns.

De acordo com a coordenadora do projeto, a doutora em agronomia, professora Francilene Cardoso Alves Fortes, da Escola Técnica Estadual de Tangará da Serra, com o resultado obtido, é possível receber o selo de insumo orgânico para ser usado na agricultura orgânica, podendo assim, posteriormente buscar um pedido de patente.

“Apesar dos desafios enfrentados pelos agricultores, a iniciativa demonstra o potencial de transformação positiva na produção de alimentos, incentivando a adoção de métodos mais sustentáveis e saudáveis, melhorando a qualidade de vida, sustentabilidade ambiental e as preocupações com a saúde pessoal e familiar, também influenciaram a decisão de adotar práticas sustentáveis”, ressaltou a bolsista da Fapemat, Keli Daiane da Silva.

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O secretário de Estado de Ciência e Tecnologia (Seciteci), professor Allan Kardec ressaltou que a cápsula biodegradável é prova de que a inovação pode surgir de fontes orgânicas ‘in natura’ e revolucionar a agricultura.

“Ao combater insetos e pragas de forma sustentável, estamos contribuindo para a produção de alimentos mais saudáveis e o cuidado com o meio ambiente. O sucesso desse projeto mostra o potencial de transformação positiva na produção de alimentos e o incentivo para a adoção de métodos mais sustentáveis e saudáveis. E nós acreditamos e estamos investindo nas nossas Escolas Técnicas Estaduais e na pesquisa desenvolvida por nossos professores e estudantes”, enfatizou.

O presidente da Fapemat, Marcos de Sá Fernandes da Silva, também pontuou que “resultados relevantes como esse que demonstram a importância dos investimentos em pesquisa e inovação, não só nas universidades, mas em todos os ambientes que se proponham a realizarem o desenvolvimento de ciência e tecnologia”.

Fonte: Governo MT – MT

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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