MATO GROSSO
Agricultores familiares de Feliz Natal usam caixas de abelha construídas por reeducandos
MATO GROSSO
Entre os agricultores beneficiados com as caixas de abelha estão aqueles que começaram a investir na apicultura agora, conforme a especialista em apicultura, Clarice Saueressig, que foi contratada pelo município para atuar nas ações de fortalecimento do segmento no município.
“Nós pegamos as caixas do Centro de Ressocialização em três etapas. Primeiro, foram 100 caixas; a segunda, de 180 caixas, e a outra de 350 caixas. As entregas beneficiaram os produtores familiares do Assentamento Ena e das comunidades indígenas do Pavuru e Sobradinho”, afirmou.
A caixa entregue aos produtores serve para acondicionar as colmeias de abelhas, contendo, na parte interna, melgueiras – compartimentos adicionais utilizados para a expansão da colônia e a produção de mel.
O estado possui um clima favorável que propicia a produção de mel durante todo o ano e uma rica variedade de espécies de abelhas nos três biomas (Pantanal, Cerrado e Amazônia). Todo o mel produzido no Estado é consumido no mercado interno e ainda é preciso trazer o produto de outras regiões do país.
A secretária de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Teté Bezerra, apontou que o incentivo à produção de mel no estado é uma das ações do MT Produtivo, implantado durante a atual gestão.
“Nosso objetivo é expandir a atividade e aumentar a produção de mel de Mato Grosso e, com isso, incrementar o número de postos de trabalho e a renda a famílias que trabalham com apicultura”, afirmou a secretária.
As entregas foram feitas entre 2020 e 2022. A fabricação das caixas foi supervisionada pela Fundação Nova Chance, e garante aos reeducandos a remição da pena. A Lei de Execução Penal define que o reeducando abaterá um dia de sua pena a cada três dias trabalhados.
“Projetos como esse são extremamente importantes porque beneficia os reeducandos e também os produtores. Um dos mais importantes pilares da ressocialização é o trabalho, sendo um dever social tendo finalidade educativa e produtiva, reintegrando-o ao convívio social e oportunizando mudança do seu comportamento diante da conduta cometida no passado”, afirmou o presidente da Fundação Nova Chance, Winkler de Freitas Teles.
O Governo do Estado já doou 6 mil caixas de abelhas para mil agricultores familiares desde 2019.
Atualmente, Mato Grosso produz 466 toneladas de mel por ano, o que o deixa em 14º colocação no ranking da produção de mel no país.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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