MATO GROSSO
Final do Copa Educa reuniu mais de 2 mil estudantes do ensino fundamental e médio
MATO GROSSO
O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, reforça que a ação faz parte da Política Tecnologia no Ambiente Escolar, uma das 30 políticas que fazem parte do Plano Educação 10 Anos, que objetiva colocar a educação pública estadual estre as mais bem avaliadas no país até 2032.
Segundo ele, os investimentos do Governo do Estado em tecnologia para as escolas contribuíram para a Copa Educa, como internet de banda larga, Chromebooks para os estudantes, chip com internet móvel, TVs de LED, robótica educacional e as plataformas digitais do Sistema Estruturado de Ensino e do Mais Inglês. “Criamos o cenário propício e o resultado não poderia ter sido outro”, afirmou.
Ele lembrou que Clash Royale é um jogo de estratégia em tempo real, divertido e competitivo que leva o jogador a desenvolver habilidades que contribuem com a aprendizagem, além do relacionamento pessoal. “Percebemos que games como esse poderiam contribuir com o processo de aprendizagem e deu muito certo, pois os estudantes aprendem de forma divertida a ter mais foco nos estudos”.
A competição foi uma oportunidade para os estudantes aplicarem os conhecimentos adquiridos em sala de aula e desenvolverem habilidades, como trabalho em equipe e resolução de problemas.
Desde o lançamento em junho, a Copa Educa realizou 10 lives com jogos seletivos, promoveu palestras nas escolas e somou mais de 477 mil visualizações nas páginas do evento nas redes sociais e no Youtube. ![]()
Adriano Echeverria, um dos coordenadores do game estudantil, afirmou que ficou satisfeito com o resultado, sobretudo, em relação ao sentimento de comunidade, amizade e pertencimento que a Copa Educa reforçou entre os estudantes. “Vimos isso em todas as etapas. Estabelecemos uma competição saudável, onde os participantes exercitaram o respeito aos colegas e avaliaram as suas próprias capacidades”.
Entre os 16 finalistas, o grande campeão entre os meninos foi Henzo Queiroz, da Escola Estadual Ubaldo Monteiro da Silva, em Várzea Grande. Para o jovem, a experiência foi inesquecível.
“Durante os jogos consegui vencer a timidez. Mas ainda não me acostumei com a fama”, brincou Henzo. Como prêmio, ele recebeu aparelho celular A23, troféu, medalha, headset gamer, estátua da Rainha Arqueira e uma mochila personalizada do game Clash Royale.
Já entre as quatro finalistas mulheres, a campeã foi Danielle Barretos de Sales, da Escola Estadual Muralha de Miranda, em Nova Marilândia. “Foi muito bom participar da Copa Educa. Quando me inscrevi, não imaginei que pudesse chegar à final. Valeu a pena. O que comecei como um hobby agora penso em levar como profissão”, disse ao receber o seu celular A23, troféu, medalha, headset gamer, pelúcia de personagem do game Clash Royale, ecobag e camisetas do game.![]()
Danielle Barretos foi a campeã da categoria feminina
Resultados da grande final masculino
Final da Upper
Eduardo Silva (1) x Reinilson Neris (2)
Final da Lower Bracket
Eduardo Silva (0) x Henzo Queiroz (2)
Grande final
Neris (Reinilson Neris) (0) x Henzo Queiroz (2)
Resultados da grande final feminino
Danielle Sales (3) x Rosiele de Assis (2)
Fonte: Governo MT – MT
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.