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Parceria do Governo com prefeitura fomenta produção de café por agricultores familiares de Colniza

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Maior produtor de café de Mato Grosso, Colniza tem expandido e fortalecido a cafeicultura entre os agricultores familiares, com a entrega de mudas e de kits de irrigação, realizada em parceria entre a Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) e a prefeitura do município.

Somente em 2023, a estimativa é atingir 1 milhão de mudas distribuídas na região.

Em Colniza, mais de 5,5 mil famílias vivem da agricultura familiar e a maioria delas planta café. Algumas delas começaram a priorizar a produção do grão após incentivo do Governo do Estado, pelo programa MT Produtivo Café.

Almir Almeida priorizou o plantio de café após receber kit de irrigação – Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

Na propriedade do agricultor familiar Almir Almeida, pela primeira vez, o café teve preferência depois que ele foi beneficiado com um kit completo de irrigação da Seaf. Ele foi um dos 30 produtores do município que receberam o equipamento.

“Isso ajuda muito nós que somos pequenos produtores e não temos condições de criar gado e o café é que vai garantir a renda da nossa família”, afirmou.

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O prefeito de Colniza, Milton de Souza, disse que todo o investimento para melhorar a produção é importante. “Para o município, é um incentivo muito grande para alavancar a nossa produção de café, considerando que hoje somos a capital de café do estado”, pontuou.

No município, são produzidos pelo menos 49 milhões de pés de café em 15 mil hectares de área.

Além dos kits de irrigação, mudas são produzidas e distribuídas gratuitamente aos produtores familiares.

Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

No município, são colhidas 100 mil sacas do grão por ano. Parte da produção fica em Colniza.

Em uma das indústrias instaladas no município, de propriedade do empresário Edson Alves, são beneficiados 12 mil kg de café.

“Para mim, foi um ato de sobrevivência. Precisava fazer algo para me manter e daí tive essa ideia e, graças a Deus, tem dado certo”, contou.

Mato Grosso mais que dobrou a produção de café nos últimos quatro anos – Foto: Christiano Antonucci/Secom

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção em Mato Grosso aumentou mais de 100% nos últimos quatro anos.

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“Temos avançado muito na produção de café. Conseguimos dobrar a quantidade colhida de 2019 para cá e, neste ano, atingimos 245,8 mil sacas produzidas no Estado. Os investimentos continuam para melhorar ainda mais”, completou a secretária de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Teté Bezerra.

Assista abaixo a reportagem sobre a produção de café em Colniza:

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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