MATO GROSSO
A Polícia Militar prendeu dois suspeitos, de 39 e 21 anos, envolvidos em invasão e roubo armado numa casa, ontem de manhã, na região central de Alta Floresta. Foram levados na ação R$ 5 mil em espécie, além de pares de alianças, cordões e anéis de ouro. Conforme o boletim de ocorrência, um casal reside na localidade foi surpreendido por dois criminosos em posse de revólveres. Ambos foram rendidos, enquanto os suspeitos procuravam por objetos de valor. Em determinado momento, eles foram vistos entrando em contato com um terceiro envolvido, via chamada de vídeo. A dupla também forçou as vítimas a realizarem transferências na modalidade PIX, totalizando R$ 25 mil. Em diligências, os militares conseguiram identificar a conta em que parte da quantia foi transferida (R$ 15 mil), sendo que a proprietária foi localizada e presa. Durante buscas na cidade, outro acusado também foi abordado enquanto retornava para uma residência, no bairro Bom Jesus. Ele tentou fugir a pé, mas foi cercado e imobilizado. Os dois foram encaminhados à delegacia municipal, que continua às investigações para localizar os demais suspeitos, assim como o dinheiro e bens furtados. Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui. Só Notícias/Guilherme Araújo (foto: Só Notícias/arquivo)
MATO GROSSO
Quebra acentuada na safra, demanda reprimida em infraestrutura e ausência de modais competitivos. Clima adverso entre governo e o principal segmento da economia nacional e desconfiança de investidores privados para com o governo federal.
Este é um conjunto de fatores indicando que 2024 será um ano difícil. Pois, o cancelamento da Exposerra é o primeiro sinal, na esfera regional, de que haverá recessão ano que vem. Ou seja, se haverá retração econômica, faltará patrocinadores e investidores para a feira.
Para o economista e professor da Unemat em Tangará da Serra, Sílvio Tupinambá Fernandes de Sá, a recessão já bate à porta na região, no estado e no país. “A economia não aceita desaforo”, observa o economista.

Sílvio Tupinambá: “Recessão em 2024 e ‘venezuelização’ da economia”.
Tupinambá aponta como fator primordial a quebra significativa da safra de soja (em várias regiões do estado, a principal commodity chegou a apenas 10% da produtividade prevista) com os efeitos do fenômeno El Niño, que entre setembro e a primeira metade de dezembro concentrou as chuvas no Sul do Brasil, enquanto o Centro Oeste e o Norte receberam o flagelo de uma estiagem severa e potencializada com ondas de calor.
Outro fator que agrava a crise é a ausência de modais competitivos no país. A dependência do modal rodoviário encarece o transporte e, com isso, a cadeia de suprimentos é afetada. “Teremos um cenário assustador em 2024, com a queda do PIB e a retração da economia em vários setores. Já se fala em retração de 3% no produto interno bruto”, observa Tupinambá. Ele dá como exemplo o surgimento de bolsões de miséria nas principais regiões metropolitanas do país – como no Rio de Janeiro -, processo que denominou como “venezuelização” da economia nacional.
Crise anunciada
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Tangará da Serra, Romeu Ciochetta, a suspensão da Exposerra em 2024 foi uma decisão lógica diante de um cenário de crise. “Já é um sinal do próprio setor (agro), com os preços das commodities bastante achatados”, disse, citando o milho, com a atual cotação de R$ 38,00 (ante uma projeção mínima de R$ 70,00), e a soja com uma cotação de R$ 119,00 contra uma projeção mínima de R$ 160,00.

Romeu Chiochetta: Suspensão da Exposerra em 2024 foi uma decisão lógica diante de um cenário de crise.
Ciochetta observa que outro exemplo está na pecuária, que ano passado fechou no vermelho. “Esse ano o que temos é um ‘zero a zero’ na pecuária e não há sinais de recuperação para o ano que vem… vamos para o terceiro ano amargando perdas nesse setor”, afirmou.
O presidente do Sindicato Rural observa que o setor ainda poderia se defender do achatamento dos preços com a produtividade, mas o que acontece é justamente o contrário, com o comprometimento da safra de soja em razão da seca e a mesma previsão para a safra de milho. “Quando se tem produtividade, você ainda consegue conciliar, mas temos uma grande quebra na produtividade e os custos – de maquinários e insumos – estão muito acima do que se praticava em anos anteriores”, pontuou, concluindo que “não é preciso ser um expert em economia para constatar que teremos um ano bastante difícil em 2024”.


MATO GROSSO
Audiência pública sobre obras inacabadas do BRT em Cuiabá é marcada pela ausência do governo estadual

Na tarde desta sexta-feira (14), a Câmara Municipal de Cuiabá sediou uma audiência pública convocada pela Comissão de Obras, com o intuito de discutir os avanços e os desafios das obras do BRT na cidade. Presidida pelo vereador Alex Rodrigues, a audiência contou com a presença dos vereadores Dídimo Vovô, Ildes Taques, Demilson Nogueira, Dilemário Alencar, Jefferson Siqueira, Eduardo Magalhães, Paula Calil e Daniel Monteiro.
O evento também reuniu representantes de diversas entidades e órgãos importantes, como Paulo Cesar (Diretor de Trânsito da SEMOB), Kamila Auxiliadora (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), Juliano Brustolin (Vice-presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo), Junior Macagnam (Presidente da CDL), Sebastião Belém (Secretaria de Obras Públicas), José Ademir dos Santos Junior (Empresa J. Prime), Pedro Aquino (Presidente da ASSUT – MT e da Associação dos Usuários do Transporte Público de Cuiabá), Álvaro Bezerra (Diretor da ACEC), Nicolau Cesar (Diretor da SEMOB) e Mauro (Pastoral do Imigrante).
Apesar da ampla participação de autoridades e especialistas, a audiência foi marcada por uma ausência significativa: o governo do estado, responsável pelas obras, não enviou nenhum representante. A ausência foi bastante impactante, considerando que foram 45 dias de organização para a devida audiência. A falta de explicações sobre o andamento da obra e os atrasos no cronograma gerou revolta entre os presentes.
O presidente da Comissão de Obras, Alex Rodrigues, não escondeu a frustração com a ausência do governo estadual. “A política seria da resultado, a politicagem não. Gostaríamos de saber pelos responsáveis o prazo, o cronograma e o projeto, mas isso não vai diminuir o trabalho da Câmara Municipal de Cuiabá. Vamos continuar nosso trabalho e convidá-los para a próxima reunião da comissão de obras”, afirmou Alex Rodrigues, ressaltando que a população está cobrando respostas sobre o andamento da obra. “Quem nos elegeu está cobrando, que é o povo. O povo não está aqui na audiência porque está trabalhando, tem hora para chegar e sair. E o BRT era para ser um auxílio no dia a dia das pessoas”, completou.
Os impactos das obras inacabadas
Os atrasos nas obras do BRT têm gerado sérios impactos no trânsito de Cuiabá, com reflexos visíveis em várias regiões da cidade. A situação é especialmente crítica em avenidas como a do CPA e Fernando Corrêa, onde as obras têm causado congestionamentos e dificultado o deslocamento da população. A Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), um dos principais pontos críticos da obra, ainda não conta com uma solução definitiva para os alagamentos que comprometem a operação dos ônibus elétricos planejados para o sistema.
Além disso, os atrasos têm origem em um impasse entre o governo do estado e o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A. O consórcio, contratado em 2022 por R$468 milhões, afirma que o anteprojeto da obra não previu soluções essenciais, como a macrodrenagem da Prainha, o que tem dificultado a execução do cronograma e gerado mais atrasos.
Propostas de soluções e próximos passos
Durante a audiência, os vereadores presentes reafirmaram seu compromisso em buscar soluções para destravar a obra e atender às necessidades da população cuiabana. Como próximo passo, os membros da Comissão de Obras Públicas realizarão uma visita técnica aos canteiros de obra para avaliar de perto os avanços e os desafios enfrentados pelo projeto.
“Nosso compromisso é com os cuiabanos. Essa obra precisa andar e atender às necessidades da população”, enfatizou Alex Rodrigues. A visita técnica servirá para que os vereadores possam verificar, pessoalmente, o andamento da obra e buscar alternativas para acelerar sua execução.
A audiência pública foi uma tentativa de dar transparência ao processo e de envolver a população nas discussões sobre o futuro do BRT. A participação dos cidadãos é essencial para que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas decisões que impactam o desenvolvimento da cidade. A Câmara Municipal de Cuiabá continuará a realizar reuniões e audiências sobre o tema, buscando uma solução definitiva para as obras inacabadas que afetam o cotidiano dos cuiabanos.
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