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Autoridade eleitoral do Maine desqualifica Trump da primária em março

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A principal autoridade eleitoral do do Maine desqualificou nesta quinta-feira (28) Donald Trump da cédula para a eleição primária presidencial no estado no próximo ano, tornando-se o segundo estado a barrar o ex-presidente por seu papel no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

A secretária de Estado do Maine, Shenna Bellows, uma democrata, concluiu que Trump, o favorito para a indicação republicana em 2024, incitou uma insurreição quando espalhou falsas alegações sobre fraude eleitoral na eleição de 2020 e, em seguida, pediu a seus apoiadores que marchassem em direção ao Capitólio para impedir que os parlamentares certificassem a votação.

Bellows suspendeu sua decisão até que a Suprema Corte do estado se pronuncie sobre o assunto.

A decisão foi tomada depois que um grupo de ex-parlamentares do Maine disse que Trump deveria ser desqualificado com base em uma disposição da Constituição dos Estados Unidos que proíbe as pessoas de ocuparem cargos se elas se envolverem em “insurreição ou rebelião” depois de terem prestado juramento aos Estados Unidos.

A decisão, que pode ser objeto de recurso em um tribunal estadual, aplica-se apenas às eleições primárias de março, mas pode afetar o status de Trump nas eleições gerais de novembro. É provável que aumente a pressão sobre a Suprema Corte dos Estados Unidos para resolver questões sobre a elegibilidade de Trump em todo o país de acordo com a disposição constitucional conhecida como Seção 3 da 14ª Emenda.

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Trump foi indiciado em um processo federal e no estado da Geórgia por seu papel na tentativa de reverter a eleição de 2020, mas não foi acusado de insurreição relacionada ao ataque de 6 de janeiro. Ele lidera as pesquisas de opinião por uma grande margem na disputa pela indicação republicana em 2024.

O principal tribunal do Colorado desqualificou Trump em 19 de dezembro da cédula de votação das primárias do estado, tornando-o o primeiro candidato na história dos EUA a ser considerado inelegível para a Presidência por se envolver em insurreição.

Trump prometeu recorrer da decisão do Colorado à Suprema Corte e criticou as contestações das cédulas como “antidemocráticas”. O Partido Republicano no Colorado entrou com seu próprio recurso na Suprema Corte na quarta-feira (27).

Tentativas semelhantes de desqualificar Trump em outros estados foram rejeitadas. A Suprema Corte de Michigan, um estado fundamental no campo de batalha das eleições gerais, recusou-se na quarta-feira a ouvir um recurso sobre a elegibilidade de Trump para ocupar o cargo.

O Maine é classificado como provavelmente democrata pelos analistas eleitorais não partidários, o que significa que o presidente norte-americano, Joe Biden, deverá vencer no estado. Mas Trump obteve um voto do Maine no Colégio Eleitoral nas eleições de 2016 e 2020, devido a uma configuração incomum que permite que o estado divida seus quatro votos do Colégio Eleitoral.

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Os candidatos devem obter 270 votos do Colégio Eleitoral nacional para conquistar a Presidência.

Diferentemente de outros estados, Bellows, que supervisiona as eleições no Maine, foi obrigada a fazer uma determinação inicial sobre a desqualificação antes que ela fosse considerada pelos tribunais.

Os advogados de Trump contestaram que ele tenha se envolvido em insurreição e argumentaram que seus comentários aos apoiadores no dia do ataque ao Capitólio em 2021 estavam protegidos por seu direito à liberdade de expressão.

Sua equipe jurídica também apresentou vários argumentos processuais, inclusive que a elegibilidade nos termos da Seção 3 não foi mencionada na documentação exigida que Trump apresentou para estar na cédula de votação no estado.

Uma decisão da Suprema Corte dos EUA no caso do Colorado pode resolver a questão em todo o país. A maioria conservadora de 6 a 3 da Suprema Corte inclui três juízes nomeados por Trump.

* Colaborou Dan Whitcomb

Fonte: EBC Internacional

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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