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Antas resgatadas pela Sema-MT passam a viver em reserva ecológica após tratamento complexo de saúde

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As antas Fred e Judite, que tiveram os tratamentos de saúde acompanhados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), estão vivendo na Reserva Ecológica Cunhataí Porã, no município de São José do Rio Claro. Elas foram cuidadas após serem resgatadas com ferimentos graves, ambas na cabeça. Judite teve traumas intensos após ser atingida por um objeto cortante, possivelmente um facão, e Fred teve as feridas infeccionadas, causando lesões gravíssimas.

A Reserva Ecológica Cunhataí Porã é uma das áreas de soltura parceiras da Sema e está localizada em São José do Rio Claro, com 3 mil hectares de mata e floresta preservada, que auxiliam na proteção da fauna e flora do Estado.

O dono do local, Iraceudo de Cezaro, contou que os animais já estão adaptados à área. Às vezes, somem por alguns dias na natureza, mas acabam voltando por serem dóceis e já estarem acostumados com o convívio humano.

“A vida deles está uma alegria só, pois aqui tem tudo que eles precisam, tem água, frutas nativas, floresta preservada. Eles estão se alimentando, vão para o mato, tomam banho de rio, somem por dias, exploram a área e aparecem para mostrar que está tudo bem. Sempre estão juntos”.

Judite é uma anta dócil de mais de 100 quilos, muito conhecida na zona rural de Nova Mutum, onde vivia e andava entre as propriedades até ser atingida por um objeto cortante que lhe causou as graves lesões na cabeça. Em abril de 2022, após ser vista machucada em um rio, os moradores locais acionaram a médica veterinária Gabriella Iglesias para atendê-la.
Foto: Assessoria/Sema-MT

Gabriella iniciou o tratamento ali mesmo, na água, com aplicação de antibiótico e anti-inflamatório por alguns dias. Judite foi levada para uma chácara particular, já que o transporte imediato para uma clínica oferecia mais riscos que benefícios naquele momento e, com a ajuda dos proprietários, a médica veterinária deu a continuidade ao tratamento de primeiros-socorros.

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Além da medicação, foi feito um procedimento cirúrgico, exames de sangue regulares para controle da anemia, curativos e oferecidas refeições fortificadas com folhas de umbaúba e frutas, além de proporcionarem à ela banhos de piscina diários, por ser um animal que precisa de água.

Cuidados com células-tronco

A Sema-MT acompanhou todo o atendimento e optou junto com veterinária pelo uso de células-tronco, um tratamento inovador que acelera a cicatrização ao favorecer o crescimento da célula naquele local e permite a recuperação em um tempo menor. A aplicação de células-tronco, assim como todo o tratamento médico e medicamentos, foi custeado pela Sema.

Após quatro meses de tratamento e monitoramento, a ferida estava totalmente fechada e ela foi levada para São José do Rio Claro, onde foi solta e está livre.

“Judite é um animal dócil que foi covardemente atacada por um objeto cortante e teve que remover cirurgicamente uma parte da lesão, mas com a medicação e o uso de células-tronco ela se recuperou. Foi um tratamento complexo e demorado devido a intensidade das lesões. Se não tivesse atendimento médico, possivelmente não sobreviveria, mas Graças a Deus se recuperou bem. O mais importante é que foi solta e agora está em liberdade”, disse a médica veterinária, que a atendeu.
Foto: Assessoria/Sema-MT.

Quase um casal

Depois de mais de um ano sozinha na Reserva, Judite ganhou a companhia de Fred, em outubro deste ano. Pesando 160 quilos, a anta foi resgatada depois de várias tentativas sem êxito, já que sempre dava um jeito de desaparecer quando a equipe se aproximava. A carretinha própria para o transporte de animais silvestres, que o transportaria para Cuiabá, teve que passar por reformas com uma nova cobertura de madeira, telas e tapumes que vedou os lados e o teto para impedir que ele escalasse a carreta e fugisse novamente, igual já havia feito.

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Após a reforma e conhecendo os hábitos noturnos de Fred, a equipe de Gerência de Fauna da Sema ficou na espreita e conseguiu capturá-lo em abril deste ano, coincidentemente um ano após o resgate de Judite. Com várias feridas na região da face, a anta foi levada para atendimento médico no hospital veterinário da Universidade de Cuiabá (Unic), na capital mato-grossense.

O atendimento médico aconteceu em parceria com a clínica Anjo da Guarda, porém, o risco de morte era alto devido à gravidade dos ferimentos. Fred passou por cirurgia que retirou o máximo possível da região de massa, após um raio-X indicar que não tinha comprometimento ósseo.

Um exame confirmou que era um caso de Pitiose, enfermidade do tecido subcutâneo causada por banhos em água contaminada pelo fungo causador. O tratamento para o combate da doença deu certo e ele se recuperou.
Foto: Karla Silva/ Sema-MT

“Fred é um sobrevivente não se acreditava em sua recuperação devido à gravidade das lesões. Foi um tratamento longo e difícil, mas agora ele está em uma área preservada vivendo livre junto da Judite”, comemorou o gerente de Fauna Silvestre da Sema, Waldo Troy.

Gabriella afirma que, na área de preservação tem tudo que os animais precisam e é um ótimo lugar para eles viverem. “Eles já comem juntos, ficam na companhia um do outro e o que se espera é que eles se reproduzam e repovoem a área com vários filhotinhos, pois a anta é um animal importante para o meio ambiente”, afirmou.

Fonte: Governo MT – MT

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Mato Grosso exporta 368,8 mil toneladas de carne bovina para 77 países no primeiro semestre

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Mato Grosso exportou, de janeiro a junho de 2025, 368,8 mil toneladas de carne bovina para 77 países. Em comparação com o primeiro semestre de 2024, houve um crescimento de 5,7% nas exportações da proteína, que somaram 348,8 mil toneladas no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

“Vivemos um momento histórico, com o reconhecimento crescente da cadeia produtiva mato-grossense em qualidade e sustentabilidade. Essa combinação tem gerado confiança nos compradores internacionais e alimentado um otimismo real para batermos recordes ao longo de 2025”, afirma o diretor de Projetos do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Bruno de Jesus Andrade.

Entre os fatores que contribuíram para esse aumento está a ampliação dos mercados de destino, que passaram de 74 em 2024 para 77 em 2025. Entre os países que adquiriram a carne mato-grossense neste ano estão Chile, Rússia, Egito, Filipinas, Arábia Saudita, México, Itália, Espanha, Israel, Líbano, Holanda, Albânia e Turquia.

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A China continua sendo o principal destino da carne bovina do estado, tendo importado 182,7 mil toneladas, o que representa 49,5% do total. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com 26,5 mil toneladas, o equivalente a 7,2% das exportações mato-grossenses de carne bovina em 2025.

A carne bovina produzida em Mato Grosso também está mais valorizada no mercado internacional, com aumento no preço pago por tonelada. No primeiro semestre de 2024, o valor médio era de US$ 4,5 mil, subindo para US$ 5,1 mil neste ano.

“A carne bovina segue como a principal proteína animal exportada pelo estado, o que comprova a força da nossa pecuária. Continuaremos trabalhando para a ampliação de novos mercados, especialmente no Leste Asiático e na União Europeia, onde temos boas perspectivas de expansão em médio prazo”, avalia o diretor de Projetos do Imac.

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