MATO GROSSO
Seduc incentiva matrículas de novos alunos em escolas de tempo integral da rede estadual
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) iniciou uma campanha específica para inclusão de novos alunos nas escolas estaduais de tempo integral, que contam com mais de 15 mil estudantes nas 80 unidades instaladas nos 14 polos regionais de educação.
As escolas de tempo integral oferecem uma proposta pedagógica diferenciada, que busca desenvolver não apenas o conhecimento teórico, mas também habilidades práticas. Os estudantes têm a oportunidade de participar de atividades extracurriculares, como esportes, artes e projetos sociais, que contribuem para a formação integral do indivíduo.
“O objetivo é ampliar a oportunidade de vivenciar essa experiência enriquecedora”, disse o secretário de Estado de Educação, Alan Porto.
As escolas de tempo integral oferecem uma proposta pedagógica diferenciada, que busca desenvolver não apenas o conhecimento teórico, mas também habilidades práticas. Os estudantes têm a oportunidade de participar de atividades extracurriculares, como esportes, artes e projetos sociais, que contribuem para a formação integral do indivíduo.
Além disso, as escolas de tempo integral contam com uma equipe de profissionais diferenciados e preparados para oferecer um acompanhamento mais próximo aos estudantes. Isso permite que cada um deles seja apoiado em seu desenvolvimento acadêmico e pessoal, recebendo o suporte necessário para alcançar seus objetivos educacionais e de vida.
A Seduc está envolvendo toda a comunidade estudantil, professores, gestores escolares e coordenadores pedagógicos por meio das diretorias regionais de educação, as DREs, na campanha de inclusão de novos alunos. “A educação de tempo integral é uma jornada que vai muito além da sala de aula e, por isso, o objetivo para 2024 é chegar a 103 unidades escolas”, destacou Alan.
As DREs estão distribuindo cartazes digitais, além de outros materiais publicitários, para que os estudantes que desejam ingressar em uma escola de tempo integral conheçam um pouco mais sobre essa modalidade de ensino.
Para garantir a inclusão de todos os estudantes, a campanha de matrículas dará prioridade aos estudantes do Público-Alvo da Educação Especial (PAEDE). Eles poderão se matricular no período de 8 a 9 de janeiro, assegurando que tenham acesso a uma educação de qualidade.
Já para os demais estudantes não PAEDE residentes em Cuiabá, o período para solicitação e confirmação da matrícula será de 11 a 19 de janeiro de 2024. E para os estudantes não PAEDE dos demais municípios, o prazo será de 12 a 19 de janeiro.
“A escola de tempo integral não é apenas um lugar para adquirir conhecimento. É também um espaço de descobertas, de interação com o mundo e de formação de cidadãos conscientes e críticos. É isso o que temos a oferecer. Basta se matricular para vivenciar essa experiência única”, finalizou o secretário.
Em nove das 80 unidades de tempo integral, o ingresso de novos estudantes ocorre apenas por meio de processo seletivo: EE do Campo Jaraguá (Água Boa), EE do Campo Terra Nova (Terra Nova), EE do Campo Deputado Oscar Soares (Alto Garças); as escolas estaduais militares de tempo integral Dom Pedro II (Cuiabá) e André Maggi (Rondonópolis); EE de Tempo Integral Vocacionada ao Esporte Gov. José Fragelli (Cuiabá), além das escolas estaduais vocacionadas às línguas Antônio Epaminondas (Cuiabá), Honório Rodrigues Amorim (Várzea Grande) e Jonas Lopes da Silva (Tangará da Serra).


MATO GROSSO
Estudo revela déficit de 5 milhões de hectares de Reserva Legal no Mato Grosso e alerta para risco de embargos

Durante reunião realizada entre o Fórum Agro MT e a Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), o perito da Polícia Federal, Bernardo Tabaczenski, apresentou estudo que trouxe números alarmantes sobre a situação da Reserva Legal no Mato Grosso, especialmente no bioma amazônico. O levantamento, baseado em dados oficiais do Cadastro Ambiental Rural (CAR), revela um déficit de 4,9 milhões de hectares em todo o bioma de áreas que precisam ser compensadas ou recuperadas no estado.
Segundo Tabaczenski, que ocupa cargo técnico-científico na PF, os resultados foram assustadores. “Eu obtive números que julguei assustadores. Hoje, no bioma amazônico de Mato Grosso, temos quase 29 milhões de hectares de imóveis rurais cadastrados. O déficit de Reserva Legal chega a 5,6 milhões de hectares”, afirmou.
O estudo foi apresentado no InterForensics 2025, em Curitiba, e no Conbrap 2025, em João Pessoa, e contou com a participação de outros dois peritos criminais federais.
De acordo com Tabaczenski, a falta de regularização pode trazer sérios impactos para o setor produtivo. “Essas áreas, quando não regularizadas ambientalmente, correm risco de embargo. O custo de recuperação é altíssimo. Imagine recuperar áreas produtivas em Sorriso ou Nova Ubiratã, que valem milhões. Isso é um fantasma para o produtor”, destacou.
O levantamento aponta que, mesmo considerando todas as áreas privadas passíveis de compensação em unidades de conservação, o número não chega a 700 mil hectares — muito abaixo da necessidade. “Dos 4,9 milhões de hectares de déficit, 4,2 milhões estão totalmente desprotegidos. Isso equivale a um terço da área de soja plantada em Mato Grosso. Ou regularizamos, ou haverá embargos. O problema é urgente”, afirmou.
Apesar de a legislação federal e um decreto estadual permitirem compensação em outros estados da Amazônia Legal, a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) tem dificultado a aplicação da medida.
“Existe todo o caminho legal para permitir compensação fora do Estado, mas a Sema ainda não percorreu. Talvez falte o conhecimento da realidade dos dados para que haja uma ação mais efetiva. Enquanto Pará e Rondônia já compram reservas em outros estados, Mato Grosso, que sempre foi vanguarda, está ficando para trás”, alertou o pesquisador.
O deputado estadual e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Carlos Avallone se manifestou sobre o tema, e defendeu alterações na legislação para permitir maior flexibilidade.
“Isso traz uma lupa em todo esse processo ambiental e mostra que precisamos sair na frente e autorizar que possamos comprar áreas de compensação em outros estados”, declarou.
Avallone afirmou que pretende articular com o governador Mauro Mendes e com a Assembleia Legislativa para viabilizar uma solução que dê segurança ao setor produtivo. “Se não resolvermos essa questão, o risco de embargo para o produtor será enorme. Temos que permitir que tudo seja feito de forma transparente e legal, porque o déficit é perigoso e precisa de solução urgente”, concluiu o parlamentar.
Já o deputado Nininho manifestou forte preocupação com a dificuldade de regularização e com o impacto das mudanças na legislação ambiental. “Acredito que esse déficit seja resultado de alterações na lei que mudaram os critérios de exploração. Antes, em áreas de floresta, era permitido utilizar 50%, hoje só 20%. No Cerrado, caiu de 80% para 65%. Isso dificultou ainda mais a vida do produtor”, afirmou.
Nininho defendeu a união entre Assembleia, Governo e entidades do setor para encontrar uma saída equilibrada. “Nós temos que fazer esse enfrentamento. Dialogar com a Sema e o Governo, de forma desarmada, para achar um critério justo, que seja bom para o meio ambiente, mas que não seja injusto com os produtores”, completou.
Lei Complementar 801/2024
Avallone também defendeu cautela na regulamentação da LC 801/2024 em Mato Grosso, o parlamentar destacou a importância da lei para fomentar a industrialização no estado. Aprovada pela ALMT e sancionada pelo governador, a LC aguarda, desde o mês de dezembro, sua regulamentação. O texto altera regras do Plano de Desenvolvimento do Estado, impactando incentivos fiscais e a concessão de armazéns, além de fomentar investimentos na industrialização.
O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) afirmou que a lei representa um avanço, mas destacou que a regulamentação precisa ser feita com cautela, para evitar brechas que possam comprometer sua efetividade.
“É uma legislação que já foi aprovada e sancionada, dependendo apenas da regulamentação por decreto. Mas é fundamental que cuidemos dessa regulamentação para fechar as portas e não permitir nenhum tipo de subterfúgio que facilite práticas incorretas, que não é o que nós queremos”, declarou.
Minuta de alteração da fitofisionomia em Mato Grosso
O encontro também discutiu a minuta do projeto de alteração da fisionomia vegetal de Mato Grosso. De acordo com o deputado estadual Chico Guarnieri o projeto visa trazer mais segurança e objetividade aos técnicos.
“A grande verdade é que esse projeto que deve ser apresentado visa deixar as coisas mais claras e objetivas para os técnicos que farão a avaliação de tipologia. No passado, houve muitos problemas com esses analistas. Então, um texto mais claro, objetivo e transparente pode proporcionar segurança jurídica tanto para quem analisa quanto para os produtores”, pontuou.
O parlamentar Diego Guimarães destacou que o projeto traz segurança jurídica ao setor produtivo e que o novo texto será mais profundo e consistente.
“Nós precisamos que o que é floresta seja classificado como floresta e o que é cerrado, seja classificado como cerrado, o modelo que tínhamos era arcaico, injusto e era pouco profundo, nós precisávamos aprofundar e aí, reconhecendo depois o veto do governador, a Assembleia, juntamente com a FPA-MT, passou por esse novo momento do aprofundamento, esmiuçando um pouco mais, trazendo critérios extremamente objetivos, com a finalidade de trazer essa justiça e segurança jurídica para todos os envolvidos. Eu creio que o Mato Grosso vai estar em uma vanguarda gigante, caso a gente possa apreciar, aprovar e colocar na vigência uma lei deste tipo”, explicou.
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