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Setor produtivo e deputados debatem ações para evitar incêndios no Pantanal
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Representantes do setor produtivo e deputados que fazem parte da Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), debateram formas de prevenir incêndios de grandes proporções como os de 2020 que atingiram o Pantanal, quando aproximadamente 40% do bioma foi consumido pelas chamas. Parlamentares destacaram que a técnica da queima controlada é uma medida eficiente de prevenção, mas que precisa de autorização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para ser aplicada.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro Borges destacou que as ações de prevenção, principalmente nos meses mais críticos, surtiram efeito este ano, e que o incidente mais grave ocorreu já em outubro por conta das condições climáticas adversas deste ano. “As altas temperaturas e as chuvas mais espaçadas contribuíram para o incêndio que atingiu o Parque Encontro das Águas e o Parque Nacional do Pantanal. Mas graças ao trabalho em conjunto entre o Governo de Estado e produtores rurais da região foi possível evitar maiores prejuízos ao bioma”, pontuou.
Borges destacou que já são feitos em alguns pontos a queima controlada com objetivo de minimizar os riscos dos incêndios. “É feito com autorização e cumprindo os critérios necessários, como estar dentro do período que permite essa prática. Ela serve para queimar a vegetação que cresce no período das chuvas, que acabam servindo de combustível para o fogo no período da seca, e já é praticada também por produtores, sempre de forma responsável e controlada”, explicou.
De acordo com o deputado estadual Dilmar Dal Bosco, coordenador da FPA-MT, a Assembleia Legislativa tem trabalhado para criar leis e mecanismos para proteger o bioma e dar condições de que a agropecuária continue se desenvolvendo na região. “Aprovamos a legislação que autoriza a troca da gramínea e a expansão da pecuária extensiva dentro do Pantanal, que ajudam na preservação e na diminuição de chances de grandes incêndios na região”, afirmou.
Já o deputado Diego Guimarães destacou que este ano o problema foi causado por questões climáticas e que existem formas de evitar que o Pantanal enfrente este problema novamente. “Este ano, segundo os bombeiros, foram dois raios que causaram o início das chamas, são causas naturais, que fogem ao nosso controle. Mas sabemos que existem meios de evitar que o incêndio saia de controle tão rapidamente como tem ocorrido. A ocupação na região do Pantanal como foi no passado e a liberação de licenças para limpeza de pastos poderiam ter evitado um prejuízo tão significativo”.
O deputado estadual Nininho destacou o trabalho em conjunto entre o Corpo de Bombeiros Militar e o sindicato rural de Poconé no combate às chamas. “O setor produtivo tem feito o dever de casa e ajudado na preservação do meio ambiente. Tenho certeza que o Corpo de Bombeiros se aparelhando cada vez mais vai ajudar a evitar esse tipo de ocorrência”.
De acordo com o deputado Carlos Avallone, que é membro da FPA-MT e presidente da Comissão de Meio Ambiente da ALMT, é preciso mais ações preventivas no combate aos incêndios em todo o estado. Segundo ele, a Comissão se reunirá em fevereiro de 2024 com o Ministério Público do Estado, a Sema, o Corpo de Bombeiros Militar e com a bancada federal para discutirem de forma ampliada as prevenções e os combates a incêndios no Pantanal Mato de Grosso.
“O primeiro passo é evitar que o incêndio comece, porque depois que pega fogo é difícil. E ouvir do Ministério Público, que na região do encontro das águas, é preciso fazer fogo preventivo é fundamental para controlar o incêndio. A Lei do Pantanal, que foi aprovada na ALMT e aguarda regulamentação é um passo muito importante para que as ações aconteçam na hora certa”, disse o parlamentar.
O presidente do Fórum Agro MT, Itamar Canossa reforçou o apoio do setor produtivo e destacou a importância da relação de proximidade com o poder público. “É uma via dupla, onde um ajuda o outro no que for preciso, sempre com objetivo de contribuir para que o setor da agropecuária continue pujante e contribuindo para o desenvolvimento do estado”.
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.