MUNDO
O que se sabe sobre ataque a tiros em casa de shows perto de Moscou
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Homens armados invadiram o Crocus City Hall, perto de Moscou, na sexta-feira (22), matando pelo menos 143 pessoas e ferindo dezenas, no ataque mais mortal na Rússia desde o cerco à escola de Beslan em 2004 no qual morreram pelo menos 334 pessoas.
O que se sabe sobre o ataque?
Os quatro homens, armados com Kalashnikov automáticas chegaram ao Crocus City Hall por volta das 19h40 (13h40, no horário de Brasília) em uma minivan.
Os homens caminharam calmamente em direção aos detectores de metal na casa de shows e iniciaram os disparos à queima-roupa contra civis aterrorizados que caíam gritando em meio a uma enxurrada de balas.
Vídeos verificados mostram pessoas correndo em direção às saídas enquanto repetidos tiros ecoam em meio aos gritos. Os agressores percorreram a casa de shows mirando e atirando contra civis.
Investigadores russos disseram que os homens começaram, então, a atear fogo ao prédio. Algumas testemunhas disseram que eles derramaram algum tipo de líquido em assentos e cortinas em vários lugares antes de atear fogo.
Número de mortos
O comitê investigativo da Rússia informou que o número de mortos foi de 133, mas Margarita Simonyan, jornalista da TV estatal russa e chefe do Russia Today, falou em 143.
Algumas fontes disseram que 145 pessoas ficaram feridas. Na região de Moscou, informou-se que 121 pessoas ficaram feridas. Mais cedo, a informação era de que 60 dos feridos estavam em estado crítico.
Responsabilidade
O Estado Islâmico, grupo militante que já chegou a buscar o controle de áreas do Iraque e da Síria, reivindicou a responsabilidade pelo ataque, informou a agência do grupo, Amaq, no Telegram, cerca de quatro horas após o início do atentado.
“O ataque surge no contexto de uma guerra violenta entre o Estado Islâmico e países que lutam contra o Islã”, disse a Amaq em um comunicado citando fontes de segurança.
Os Estados Unidos (EUA) têm informações de inteligência que confirmam a reivindicação do Estado Islâmico pela autoria de um ataque a tiros à casa de shows em área próxima de Moscou, disseram duas autoridades norte-americanas na sexta-feira.
De acordo com as autoridades, os EUA alertaram a Rússia nas últimas semanas sobre a possibilidade de um ataque – uma medida que, segundo elas, levou a embaixada do país em Moscou a emitir um alerta aos norte-americanos.
Em discurso à nação, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que os quatro homens que atacaram a casa de espetáculos perto de Moscou se dirigiam para a Ucrânia, quando foram detidos, e que eles esperavam atravessar a fronteira.
Putin classificou o ataque de “terrorismo internacional” e disse que estava pronto para se unir com qualquer Estado que quisesse derrotá-lo. A Ucrânia nega qualquer envolvimento no ataque.
Os agressores
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) disse ter detido 11 pessoas, incluindo os quatro homens que realizaram o ataque. A mídia russa disse que os homens fugiram do local em um carro branco e foram detidos na região de Bryansk, cerca de 340 quilômetros a sudoeste de Moscou.
Imagens publicadas pela mídia russa e por canais do Telegram com ligações estreitas com o Kremlin mostram alguns dos suspeitos sendo interrogados na beira da estrada.
“Eu atirei em pessoas”, disse um dos suspeitos, com as mãos amarradas e um interrogador segurando seu cabelo, com uma bota preta sob o queixo, em um russo fraco e com forte sotaque. Ele informou que nasceu em 17 de setembro de 1998 e que se chama Shamsutdin Fariddun.
Quando questionado sobre o motivo, ele disse: “por dinheiro”. O homem informou que lhe foi prometeram meio milhão de rublos (pouco mais de US$ 5 mil) pelo Telegram, onde ele estava ouvindo um homem orar.
Perguntado se esteve na Turquia no dia 4 de março, respondeu que “sim”. Ele e os demais foram informados sobre onde ficavam os depósitos de armas e as retiraram de lá, disse o homem.
Um dos suspeitos, com o rosto machucado e cortado, foi mostrado falando por meio de um tradutor tadjique. Outro foi mostrado saindo da floresta, com o rosto coberto de sangue, devido ao que parecia ser um ferimento no ouvido.
Questionado, ele disse que seu nome era Rajab Alizadeh. Ele teve dificuldade em informar sua data de nascimento em russo.
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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