MATO GROSSO
Formada em MT, médica relata drama dos gaúchos com temporais
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Moradora em Porto Alegre, a médica Letícia Possamai relata ao Midiajur os impactos e o clima de destruição causados pelos doze dias de chuvas que atingiram o Estado do Rio Grande do Sul, com possível racionamento de água e desabastecimento de comida.
“Só se fala nisso. Nunca tinha visto isso, foi chuva demais. Está todo mundo triste. Muita gente que nunca imaginou que ia perder tudo, perdeu. É a pior desgraça desde 1941. Muitos não imaginaram passar por isso “, disse à reportagem.
Natural de Rondônia, Letícia se formou em medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e seguiu para o Rio Grande do Sul, onde faz uma especialização. Ela começou a atuar como médica reguladora do Samu de Porto Alegre neste ano. Além disso, também trabalha como cirurgiã na cidade de Gravataí, município a 43 km da capital gaúcha.
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Para o Midiajur, a médica conta que a vida na cidade de Porto Alegre foi praticamente interrompida por conta dos alagamentos. Escolas públicas e privadas suspenderam as aulas, poucos comércios estão em funcionamento, e os hospitais estão lotados. Letícia diz também que, para ela e para alguns conhecidos, água e gás encanado começam a acabar (energia e internet ainda estão em funcionamento).
“Está mais restrito. Moramos na frente de um shopping aqui, que está com uma ou outra loja aberta. O mercado já está difícil de água. O pessoal tem compartilhado local, vão em tal lugar, mas acaba voando [os produtos] também. Está difícil o abastecimento, de chegar as coisas”, diz.
Só se fala nisso. Nunca tinha visto isso, foi chuva demais. Está todo mundo triste. Muita gente que nunca imaginou que ia perder tudo, perdeu. É a pior desgraça desde 1941
Letícia também comenta que ela não tem percebido desabastecimento de produtos de comida, mas amigos reclamaram da falta de ovos, água e outros itens. Como as rodovias do Estado do Rio Grande do Sul estão alagadas, o acesso dos caminhões é dificultado.
A médica também acredita que poderá haver algum racionamento de água, já que as estações da cidade não estão dando conta de tratá-la e distribuí-la.
No Samu, Letícia relata que a demanda tem sido alta e que os hospitais continuam cheios, priorizando casos de emergência e urgência. Os atendimentos eletivos foram suspensos.
“O tempo inteiro as pessoas acionam o serviço. Eu não trabalho na rua; trabalho na regulação – verifico o quadro clínico do paciente e despacha uma ambulância, mais básica ou mais avançada, conforme a necessidade. E tem muita ligação acontecendo porque as pessoas não entendem direito [diferenciar a busca da ajuda]. Na hora do desespero, ligam para a gente querendo ser resgatado. O Samu não tem ambulância nem treinamento adequado para fazer o resgate. Isso é com os bombeiros, mas acaba que recebemos muita ligação”, diz.
A médica conta ainda que, pelo Samu, não está conseguindo atender a todos. “Estamos com uma espera de atendimento muito maior do que o costume. Tem paciente esperando até mais de hora, e isso não é o ideal”, destaca.
Em Gravataí, onde atua como cirurgiã, Letícia conta o caso de uma paciente de Canoas, município vizinho, com um ferimento no joelho que precisava ser suturado. O tempo para o tratamento era de seis horas para evitar uma infecção. “A paciente saiu com a água no pescoço e demorou horas para chegar”.
Apesar dos transtornos e do clima de tristeza na cidade, a médica também comenta que o clima é de muita ajuda e cooperação entre os cidadãos, além de ressaltar a importância das doações de outros estados do país.
“Que puder ajudar, acho que o Rio Grande do Sul agradece muito. Vemos esse movimento do Brasil todo, e muitos precisam realmente dessa ajuda, que tem acontecido. Então, o povo do Rio Grande do Sul é muito grato”, conclui.


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Vereador Alex Rodrigues promove encontro na Câmara para defender permanência do Hospital Estadual Santa Casa

Nesta quinta-feira (12), a Câmara Municipal de Cuiabá foi palco de um importante momento de defesa da saúde pública. O vereador Alex Rodrigues promoveu um encontro no Pequeno Expediente e levou dois profissionais da saúde, o Dr. Paulo Cesar de Figueiredo e o Dr. Francisco Pereira, para falarem diretamente aos parlamentares e à sociedade sobre a importância do Hospital Estadual Santa Casa.
Com discursos impactantes e baseados na vivência diária dentro da unidade, os médicos reforçaram a necessidade de impedir qualquer tentativa de encerramento do hospital. Eles destacaram que quem vive a rotina da Santa Casa conhece de perto os desafios e, mesmo diante das dificuldades, segue se doando para garantir atendimento digno à população.
“A luta é por um bem maior”, afirmou o vereador Alex Rodrigues. “Não podemos permitir que uma unidade de tamanha relevância seja desativada. Estamos falando de um hospital que atende pacientes de todo o estado, com especialidades que muitas vezes não estão disponíveis em outras cidades.”
O Hospital Estadual Santa Casa surgiu a partir de uma requisição administrativa feita pelo Governo do Estado de Mato Grosso em 2019, após a Santa Casa Beneficente de Cuiabá — unidade filantrópica — fechar as portas em meio a uma grave crise financeira. Desde então, a unidade se tornou o primeiro hospital administrado diretamente pelo Estado em Cuiabá.
Entre 2019 e 2025, o hospital se consolidou como referência em atendimentos de média e alta complexidade pelo SUS. Conta com um moderno pronto atendimento pediátrico, além de oferecer diversas especialidades médicas, como cardiologia, neurologia, oncologia clínica e pediátrica, psiquiatria, cirurgia geral e vascular, entre outras.
A unidade é fundamental para os pacientes oncológicos, inclusive crianças, que já enfrentam um tratamento desgastante e, sem a Santa Casa, seriam obrigados a buscar atendimento fora do domicílio, arcando com custos diários altos e sobrecarregando outras estruturas de saúde.
Encerrar as atividades da Santa Casa é, na prática, fechar as portas para milhares de mato-grossenses que dependem do SUS para sobreviver. Por isso, o vereador Alex Rodrigues reforça o compromisso de seguir lutando pela permanência e valorização do hospital.
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