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Samba e pagode crescem em Cuiabá e público ganha novas opções de eventos para curtir

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“Quem não gosta do samba bom sujeito não é. Ou é ruim da cabeça ou doente do pé”. Os versos são da canção “Samba da Minha Terra”, de Dorival Caymmi, e demonstram a intensa relação do gênero musical com o brasileiro. O pagode, sua variante, também segue a mesma linha consolidada como uma paixão popular. Ainda que em algumas regiões as batucadas sejam mais comuns que em outras, não há como negar a genuína conexão com a cultura nacional.

Nas rádios ou nas plataformas de streaming, os ritmos estão sempre entre os mais tocados. Em 2023, por exemplo, segundo o Spotify, figuraram entre os mais ouvidos em todo o Brasil. Já em um ranking feito pela Crowley Broadcast Analysis, sobre as 100 músicas mais tocadas no ano pelas rádios brasileiras, o pagode e o samba, igualmente, aparecem entre os hits mais presentes no dia a dia dos ouvintes.

Em Cuiabá, terra do rasqueado, do lambadão e com forte influência do sertanejo, o samba e o pagode da mesma forma estão ocupando seus espaços, tanto nos corações dos cuiabanos quanto nas festividades realizadas na cidade. É cada vez mais habitual a oferta de programações voltadas para esse crescente público. A Cervejaria Louvada é um exemplo desse sucesso e em dois eventos, somados, conseguiu reunir mais de 2 mil pessoas.

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Com sua raiz fixada no rock’n’roll e já como uma referência no atendimento desse público, a empresa resolveu ousar e, neste ano, abriu sua estrutura para o samba e o pagode. Foram duas edições do “Só pra Louvadiar” que, para o diretor da marca, Gregório Ballarotti, ao unir a paixão popular pela música com a expertise da Louvada, produziram uma experiência incrível aos frequentadores.

“Foi incrível explorar algo novo e posso dizer que foi uma experiência verdadeiramente única tanto para nós da Louvada, quanto para o público. A resposta foi surpreendente, com os ingressos esgotando em menos de 10 horas, o que só reforça nossa avaliação positiva. Sempre buscamos desafios e nos esforçamos para atender às expectativas do nosso público. Para este ano, preparem-se para ainda mais novidades, inclusive para a galera do rock. Estamos ansiosos para surpreender novamente!”, comenta Gregório.

Leonardo Araújo é vocalista e fundador da banda Léou e, com sete anos de trajetória, tem colhido os resultados do crescimento desses gêneros em Cuiabá. Seu grupo esteve presente nas duas edições do Só pra Louvadiar e foi um dos responsáveis por embalar a noite dos cuiabanos ao som de grandes sucessos. Para ele, a Louvada mostrou que pode continuar contribuindo para que Cuiabá se torne também a terra do samba e do pagode.

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“A gente conhece a Louvada pelos eventos de rock, que são sempre muito bem organizados. E, agora, eu tive a oportunidade de estar na casa tocando meu pagode e vendo as pessoas curtirem. Foi uma grande responsabilidade e uma honra aceitar esse desafio. Especialmente em Cuiabá e Várzea Grande, temos notado essa chegada mais forte desses ritmos e o aumento no número de pessoas que buscam esses eventos”, afirma o vocalista.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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