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FPA-MT repudia PL do governo que altera Código Estadual de Meio Ambiente

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Representantes do setor produtivo e deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), demonstraram preocupação com o Projeto de Lei 15/2024, encaminhado pelo Governo do Estado para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (21), parlamentares demonstraram forte preocupação com o projeto, que acreditam gerar mais insegurança ao setor, sobretudo pelo viés punitivista e sem critérios proporcionais e, até mesmo, sem espaço para a defesa.

De acordo com o texto, o Projeto cria no Código Estadual de Meio Ambiente o Cadastro Estadual de Infratores Ambientais, onde será inserido todo e qualquer empreendedor que receber uma das punições previstas no artigo 102, que vão desde uma simples advertência, passando por apreensões, embargos e chegando até penas restritivas de direitos, e inclui tudo isso no mesmo sistema, aparentemente de maneira indistinta.

“Nossa preocupação é que o PL não explica muito bem como isso vai ser feito e faz parecer que será uma coisa imediata. O que dá a entender é que se porventura um produtor rural receber uma advertência, uma multa simples, uma apreensão de algum produto, será de imediato inserido nesse cadastro, independentemente do tipo de infração e mesmo que tenha havido um equívoco do servidor que promoveu a penalidade. E isso pode acarretar um problema enorme na vida do produtor, que pode ficar até mesmo impedido de contratar um financiamento para sua produção”, explicou o diretor executivo do Fórum Agro, Xisto Bueno.

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Para o coordenador geral da FPA-MT, deputado estadual Dilmar Dal Bosco, o PL traz mais uma penalidade ao setor produtivo, e essa é a grande preocupação com o projeto. “Se a pessoa estiver agindo na ilegalidade concordamos que seja penalizada, porém, a questão é que esse PL não tem um marco regulador, não tem prazo de transição. Ele não está claro, e isso nos traz preocupação, que penalize sem critério e como isso será executado pelo órgão ambiental responsável”, explicou.

Já os deputados estaduais Gilberto Cattani e Nininho, deixaram claro que serão contra o PL da forma que está apresentado. “Temos as leis ambientais mais rígidas do mundo. Criar novas leis apenas vai penalizar ainda mais o produtor e engessar cada vez mais o setor produtivo. Precisamos combater os excessos, e não podemos aceitar goela abaixo imposições de meia dúzia de pessoas que nunca colocaram as mãos de terra para produzir”, argumentou Nininho.

“Sou totalmente contrário a esse projeto, precisamos incentivar o setor produtivo e não criar medidas que dificultam ainda mais a vida do produtor”, completou Cattani.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da ALMT, Carlos Avallone pontuou que o setor produtivo é a favor de medidas que melhorem as questões ambientais, porém é preciso cuidado para não cometer excessos.

“Exageros podem causar complicações, principalmente para os pequenos produtores, então nós da Comissão precisamos tomar muito cuidado para não dificultar a vida de quem produz e vamos nos debruçar sobre esse projeto para evitar excessos”, ponderou.

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Sisbi

A falta de médicos veterinários que possam trabalhar na habilitação de frigoríficos no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI), voltou a ser pauta na reunião entre o Fórum Agro e a FPA. A questão foi mais uma vez cobrada pela Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), e reforçada por lideranças da pecuária de corte.

A presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT), Emanuele Almeida, informou que existem atualmente 21 pedidos de frigoríficos pleiteando a equivalência do Serviço Veterinário Oficial do Ministério da Agricultura para o serviço estadual, que é o Sisbi.

“Hoje o principal gargalo que o Instituto enfrenta para conseguir liberação deste certificado é a falta de veterinários, para que sejam colocados à disposição das indústrias. A solução para resolver esse entrave com as indústrias que já fizeram o pedido é solicitar ao governo a convocação de novos médicos veterinários”, explicou.

Dilmar Dal Bosco afirmou que a FPA levará ao governador do estado o pedido de contratação de novos médicos veterinários, bem como procurar o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e a bancada de senadores e deputados federais de Mato Grosso para alterar a legislação, e permitir que os frigoríficos contratem profissionais capacitados para prestarem esse serviço, com auditoria do governo do estado nessa fiscalização.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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