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Governo de MT põe fim à espera de mais de três décadas com a entrega de 500 escrituras de imóveis em Várzea Grande

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O Governo de Mato Grosso entregou 500 escrituras definitivas de imóveis em Várzea Grande para famílias que aguardavam há cerca de três décadas. A cerimônia ocorreu na noite desta sexta-feira (24.05) na Escola Municipal Tenente Abílio da Silva Moraes, no bairro 15 de Maio, com a participação do governador Mauro Mendes.

“Eu sei que vocês esperaram essas escrituras por muitos anos e, graças a Deus, essa espera chegou ao final. Vocês receberam hoje não um título, mas sim a escritura totalmente registrada em cartório, definitiva e de graça, para coroar esse sonho. Que Deus abençoe cada família que, ao longo de muitos anos, construiu o seu lar. É uma enorme alegria para mim, como governador de Mato Grosso, fazer parte dessa trajetória que chegou em um final feliz hoje. Que essa escritura seja apenas mais uma conquista de tantas outras que vocês terão”, declarou o governador.

A ação, fruto de um investimento de R$ 17,8 milhões, é resultado de uma parceria entre o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), a Assembleia Legislativa e a Prefeitura de Várzea Grande. No total, 15 mil famílias do município serão beneficiadas.

Desde o início da gestão, já foram entregues 16.574 escrituras urbanas em Mato Grosso. Em Várzea Grande, 1.988 famílias receberam, de forma gratuita, os documentos de seus imóveis. A meta do Intermat é entregar 20 mil escrituras urbanas e rurais em todo o Estado até 2026.

Espedito Furtado e a esposa Devaildes Teodora, casal beneficiado com a entrega de escrituras – Foto: Assessoria/ Intermat

Entre os beneficiados, o segurança Espedito Furtado, de 72 anos, acompanhado da esposa Devaildes Teodora, não escondeu a alegria e, com lágrimas nos olhos, destacou que a entrega da escritura é a realização de um sonho e um privilégio.

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“A hora de todo mundo chega. Nós esperamos com paciência e hoje chegou o nosso dia. Eu já passei dos 70 anos e é uma alegria muito grande que estou sentindo. Todos estamos muito agradecidos a Deus e ao Governo de Mato Grosso, que está trabalhando para que esse documento saísse. É só esperar com paciência”, declarou.

O presidente do Intermat, Francisco Serafim, explicou que o documento é entregue para todos os beneficiados com legitimidade jurídica.

“Hoje estamos entregando em Várzea Grande a primeira etapa de uma parceria firmada entre Governo do Estado, Assembleia e prefeitura para regularizar e documentar 15 mil imóveis em Várzea Grande. Algumas famílias estão aguardando essas escrituras há 37 anos. Então hoje é uma data memorável para todas essas famílias e para nós é um prazer muito grande poder proporcionar essa alegria e a segurança jurídica para esses moradores porque o documento que eles recebem, não é um papel qualquer. É um documento registrado em cartório, a certidão de registro acompanha a escritura e os moradores não têm despesa nenhuma”, disse.

A regularização fundiária é um processo essencial para promover o desenvolvimento e a inclusão social, proporcionando segurança jurídica e dignidade para as famílias que, com a posse legal do imóvel, terão direitos de herança, venda e uso das propriedades como garantia para empréstimos.

Lucinéia, moradora beneficiada – Foto: Assessoria/ Intermat

Lucinéia Dias, moradora do bairro 7 de Maio, recebeu sua escritura das mãos do governador Mauro Mendes. Ela agradeceu e disse que a chegada do documento encerra uma espera de 28 anos.

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“Eu tinha perdido a esperança de receber essa escritura. Quase 30 anos esperando, mas hoje, graças a Deus, saiu meu documento. A gente morava de aluguel, saímos do aluguel com a esperança da casa própria. É um sonho realizado”, comemorou a moradora.

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, destacou o trabalho conjunto de diversas instituições que estão trabalhando pela regularização fundiária em Mato Grosso.

“É um momento de muita alegria para todos nós. Para chegar aqui e entregar essas escrituras, muitas pessoas lutaram e trabalharam. Unimos o Governo de Mato Grosso, o Tribunal de Justiça, a Assembleia Legislativa, Ministério Público e Defensoria Pública para resolver as questões de regularização fundiária no Estado. Já foram regularizados bairros que estavam à espera há mais de 40 anos pelas escrituras e hoje estamos tendo essa satisfação de entregar a vocês esses documentos gratuitamente”, afirmou.

O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat, disse que “o Governo do Estado é parceiro da prefeitura em diversas áreas. Nós temos muito a agradecer por essa parceria. Hoje estamos aqui entregando essas escrituras que devolvem a dignidade aos moradores da cidade. Ainda vamos entregar muitas outras escrituras e beneficiar muitas outras famílias”.

Entre as autoridades presentes no evento estavam os senadores Jayme Campos e Margareth Buzzetti, o deputado estadual Fábio Tardin, os secretários de Estado Rogério Gallo (Fazenda), César Miranda (Desenvolvimento Econômico) e César Roveri (Segurança Pública), a ex-prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos, e vereadores de Várzea Grande.

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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