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CCJ aprova recurso que busca rediscutir vacina obrigatória contra Covid-19 em crianças até 5 anos

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A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou um recurso da deputada Julia Zanatta (PL-SC) que busca rediscutir a obrigatoriedade da vacinação contra Covid-19 de crianças entre seis meses e cinco anos de idade. 

O recurso é contra decisão do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). Ele devolveu a Julia Zanatta um projeto apresentado por ela com o intuito de impedir inclusão das vacinas contra a Covid-19 no Calendário Nacional de Vacinação Infantil (PDL 486/23). O recurso aprovado na CCJ ainda precisa ser votado pelo Plenário da Câmara.

A inclusão da vacina consta de nota técnica do Ministério da Saúde (118/23) e entrou em vigor em 1º de janeiro de 2024. O projeto de Zanatta pretende suspender a nota técnica.

A decisão de Lira se baseia no entendimento da Mesa Diretora de que o projeto não atende requisito constitucional. A Constituição prevê que é da competência do Congresso “sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa”. 

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O recurso foi aprovado por 28 votos a 14. O tema causou divergências na CCJ. Para o deputado Alencar Santana (PT-SP), o colegiado deu um “exemplo oposto” a políticas de proteção à vida. “A decisão da Mesa é correta, não aceitou o PDL porque a recomendação não é uma norma. E o PDL só deve sustar algum tipo de norma regulamentar do Poder Executivo, e não uma norma técnica, que é uma sugestão”, argumentou.

O deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) relatou o recurso. Segundo ele, a nota é um ato normativo “travestido” de nota técnica. “É uma nota técnica que altera o plano nacional de imunização no País, é uma nota técnica em que as fontes não são fontes que trazem clareza para a população e para a sociedade na segurança dessa terapia gênica”, afirmou. 

Para o deputado Patrus Ananias (PT-MG), por outro lado, o Poder Executivo estava apenas cumprindo seu dever. “A medida tomada, no sentido da vacinação das crianças, é exatamente na linha da responsabilidade democrática do Poder Executivo na implementação das políticas públicas. Nós temos que preservar a vida das nossas crianças, e nós sabemos que as vacinas fazem parte de uma conquista histórica, científica”, defendeu. 

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Julia Zanatta destacou o aspecto político do debate. “É importante que saibamos que isso é política. O Brasil tem muitas outras prioridades, e posso citar algumas. Metade dos óbitos em crianças abaixo de 1 ano de idade ocorrem por questões relacionadas à gestação, parto e período neonatal. Muitas dessas questões são preveníveis com o aprimoramento na atenção primária dos programas de pré-natal. Então, nós temos que investir tempo e dinheiro nisso, em vez de obrigar pais a vacinarem seus bebês de seis meses a cinco anos”, afirmou a parlamentar. 

Reportagem – Paula Moraes
Edição – Wilson Silveira

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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