MATO GROSSO
Codem autoriza 50 cartas consultas para projetos de novos armazéns em MT
MATO GROSSO
Neste ano, o FCO vai liberar até R$ 11,15 bilhões para financiar ações e projetos voltados ao desenvolvimento sustentável dos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal. Somente em Mato Grosso são R$ 3,31 bilhões.
O Codem analisa se as cartas consultas que buscam recursos de financiamentos do Banco do Brasil cumprem as regras estabelecidas por leis, resoluções e portarias do Governo Federal. Após a aprovação no conselho, o empresário ou produtor rural podem conseguir a liberação dos recursos junto ao Banco do Brasil.
“Cada conselho estadual avalia as propostas de financiamento com foco no desenvolvimento regional, aprovando as cartas-consulta que melhor se alinhem com as prioridades do estado e que ofereçam maiores benefícios à sociedade. Esses benefícios podem incluir o aumento da arrecadação de impostos, a atração de novos investimentos, ou a geração e manutenção de empregos diretos e indiretos”, explicou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
Conforme as informações da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), a capacidade estática de armazenagem em Mato Grosso atingiu 50,5 milhões de toneladas. Esse volume representa um aumento de 1% em relação ao ano anterior, contudo, a participação nacional de Mato Grosso é de 24,61%. No entanto, apesar do crescimento, o estado continua enfrentando um déficit significativo de armazenagem.
Para a safra 2023/24, é esperado que Mato Grosso produza 89,9 milhões de toneladas de grãos, ou seja, com um déficit projetado de armazenagem de 39.303.894 milhões de toneladas. Mesmo com a redução esperada de 11% em comparação à temporada anterior, quando a produção foi de 101 milhões de toneladas, ter o local para armazenar o grão ainda é um desafio no Estado.
O uso dos recursos do FCO tem sido um caminho adotado pelos produtores rurais para financiar projetos de armazéns nas propriedades. O investimento médio é de R$ 5 milhões. Os juros variam de acordo com o valor dos recursos pleiteados de 7,46% a 12% ao ano, dependendo se são de mini a grande produtor e se o valor é para investimentos ou custeio. O prazo de pagamento é de até 20 anos com até 12 anos de carência, a depender do item financiado.
Também integra o Codem, a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Federação da Agricultura e da Pecuária de Mato Grosso (Famato), Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio).
Neste ano, a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) passou a publicar no site todos os resultados das cartas consultas analisadas pelos Conselhos de Desenvolvimento Econômico dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.
Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.
Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.
Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.
Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.
Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.
A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.
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