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Servidores das agências reguladoras pedem reestruturação das carreiras em audiência pública na Câmara

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Servidores das agências reguladoras federais cobraram uma reestruturação das carreiras durante audiência pública, nesta terça-feira (9), na Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados.

Além de alteração nas nomenclaturas dos cargos de nível superior, que passariam de especialista ou analista para auditor federal de regulação em todos os casos, a categoria quer a equiparação salarial com as carreiras de gestão governamental.

Segundo a tabela para os cargos de nível superior das agências reguladoras, o subsídio mensal atualmente varia de R$ 16.413,35 (inicial) a R$ 22.929,74 (final). No grupo gestão, as remunerações vão de R$ 20.924,80 a R$ 29.832,94.

O debate foi sugerido pela deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), presidente do colegiado. Segundo ela, a reestruturação poderá alinhar as práticas das agências com princípios dos direitos humanos e com o desenvolvimento sustentável.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Serviços Públicos, concordou com Daiana Santos. “Energia, água e saúde são fundamentais ao cidadão, por isso as agências voltam ao centro das discussões.”

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Novos rumos para as agências reguladoras. Dep. Daiana Santos (PCDOB-RS)
Daiana Santos propôs a realização do debate

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As agências reguladoras são autarquias federais que supervisionam setores como saúde, energia, recursos hídricos, transportes e telecomunicações, atuando para assegurar a oferta de serviços básicos e a proteção dos direitos dos cidadãos.

Dirigentes
O presidente do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), Fábio Rosa, afirmou que, além da desvalorização salarial em relação a outras carreiras, a falta de pessoal já afeta a saúde dos servidores.

“Para nós, é motivo de muito sofrimento e frustração quando não temos capacidade para dar respostas à população”, declarou. “O que seria do País se não tivéssemos a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] na pandemia?”, acrescentou.

Durante a reunião, o presidente do Comitê das Agências Reguladoras Federais e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello Filho, manifestou  o apoio de todos dirigentes das autarquias aos servidores. “São pleitos legítimos.”

Atualmente, conforme Rebello Filho, as agências repassam ao caixa do governo, por ano, R$ 130 bilhões a um custo de R$ 5 bilhões. “Não dá para fazer regulação com corpo técnico reduzido, 60% do Produto Interno Bruto (PIB) passam pelas agências.”

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Também participaram da audiência pública o presidente da Associação Nacional dos Servidores Efetivos das Agências Reguladoras Federais (Unareg), Elson da Silva, e outros dirigentes de entidades de servidores federais. Convidado, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos não enviou representante.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Marcelo Oliveira

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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