BRASIL
Prata na ginástica, bronze no judô e no boxe. Futebol feminino vence as donas da casa e vai à semifinal. Confira o resumo olímpico
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Rebeca Andrade entrou neste sábado (3) no seleto grupo de atletas brasileiros com cinco medalhas olímpicas. Ao voar para ser a vice-campeã no salto, atrás apenas da norte-americana Simone Biles, a ginasta brasileira conquistou seu terceiro pódio nos Jogos de Paris – ela já havia sido bronze por equipes e prata no individual geral. Com as duas medalhas de Tóquio 2020 – ouro no salto e a prata no individual geral –, ela iguala os velejadores Robert Scheidt (dois ouros, duas pratas e um bronze) e Torben Grael (dois ouros, uma prata e dois bronzes). E Rebeca ainda disputa outras duas finais na segunda-feira (5) e pode ultrapassá-los.
“Poder representar isso é um orgulho, ser referência é algo que eu vou levar pra sempre comigo. Como a gente vê o Senna, como a gente vê vários esportistas que a gente pensa assim: ‘Caramba, ele foi gigante, olha como ele me inspira, olha como ele age, olha como ele falou, olha como ela fez, olha como ela é”. Essas são coisas que ninguém vai tirar da gente, faz parte da gente, sabe? Então, quando alguém olha pra mim e fala “cara, eu assisti você e eu senti isso, a minha filha te adora, e meu sobrinho fez isso, aquilo, o outro” chega a arrepiar, assim, sabe?”, contou Rebeca.
Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou Rebeca pelo feito. “Rebeca Andrade, mais uma vez nossa campeã. A terceira medalha em Paris, e a quinta dela em Olimpíadas. Parabéns. Que orgulho para o esporte brasileiro”, escreveu o presidente.
JUDÔ – O judô brasileiro encerrou sua vitoriosa caminhada em Paris com mais uma medalha. Na disputa por equipes, o Brasil venceu Cazaquistão, Sérvia e Itália, na luta decisiva, para conquistar o bronze. Foi o quarto pódio desta edição e o 28° da modalidade em olimpíadas.
No confronto pela medalha de bronze, Rafael Macedo, Beatriz Souza e Rafaela Silva marcaram os pontos do Brasil, mas a Itália empatou em três a três. Coube então a Rafaela, na luta extra, garantir o ponto decisivo que definiu o placar de 4 a 3.
“Quando a gente estava fazendo a preparação, a gente viu o quanto todo mundo queria, o quanto essa medalha inédita era importante para o judô brasileiro, para o nosso legado. Tem gente que está na primeira Olimpíada, tem gente que está na última e a gente sabia o quão especial seria essa medalha. Então a gente ia jantar, ia almoçar e fazendo estratégia, quem pode cruzar com quem, ‘dá pra gente chegar nessa medalha’, então a gente acreditou até o final”, contou Rafaela.
Parabéns para toda nossa equipe do Judô por mais uma medalha nas Olimpíadas, agora por equipes. Nosso Judô tem grande tradição de medalhas para o Brasil.🥉
📸 @ricardostuckert pic.twitter.com/gpyjnJhJ1X
— Lula (@LulaOficial) August 3, 2024
Um dos pilares da equipe, Ketleyn Quadros, medalhista olímpica de bronze em Pequim 2008, lutou na categoria até 70kg, uma acima da sua, e fez questão de destacar que a medalha é a coroação de um trabalho dos últimos 20 anos e um prêmio para essa geração. Sem esquecer, claro, daquelas que vieram antes.
“Tenho muito orgulho de fazer parte da história do judô brasileiro bem quando ele mudou para melhor. Agradeço a todas as mulheres que vieram antes de nós, quando era proibido até treinar, que plantaram a semente para que a gente pudesse colher agora”, disse.
Dez atletas brasileiros recebem a medalha da competição por equipes em Paris. São eles: Larissa Pimenta (-57kg), Rafaela Silva (-57kg), Ketleyn Quadros (-70kg), Beatriz Souza (+70kg), Daniel Cargnin (-73kg), Willian Lima (-73kg), Rafael Macedo (-90kg), Guilherme Schimidt (-90kg), Leonardo Gonçalves (+90kg) e Rafael Silva (+90kg).
BOXE – Vice-campeã olímpica em Tóquio 2020, Beatriz Ferreira conquistou a medalha de bronze no boxe em Paris 2024. Neste sábado (3), a pugilista brasileira perdeu na semifinal da categoria até 60 kg para a irlandesa Kellie Harrington, em decisão dividida dos juízes (4 x 1). Com isso, garantiu o terceiro lugar na competição. O confronto entre elas foi a reedição da final dos Jogos de Tóquio.
“Eu vim para cá com um grande objetivo que era estar em mais uma final. Consegui completar um pouco da missão e ter uma outra medalha. Eu perdi para a atual campeã olímpica, sabia que seria um combate difícil. Entreguei o que tinha para entregar”, disse Bia. “Quero agradecer a todo mundo que me ajudou a chegar até aqui. Não existe um campeão sozinho. Se eu tenho duas medalhas hoje é porque tenho uma equipe sensacional e eu morro de orgulho deles.”, completou a brasileira.
QUADRO DE MEDALHAS – Com as medalhas de Rebeca, Bia e da equipe de judô neste sábado, o Brasil chegou a dez no total em Paris, na 20ª posição no quadro geral de medalhas: uma de ouro, com a judoca Bia Souza, quatro de prata e cinco de bronze. As outras pratas foram com Willian Lima, no judô, Caio Bonfim, na marcha atlética, e novamente Rebeca Andrade, no individual geral da ginástica artística. Os outros bronzes vieram com Larissa Pimenta, no judô, com a equipe feminina da ginástica artística, formada por Julia Soares, Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Flavia Saraiva, e por Rayssa Leal, no skate street. Em comum a todas as medalhas, a digital do Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto do Governo Federal. A liderança do quadro de medalhas segue com a China, com 37 medalhas, 16 delas de ouro.
FUTEBOL – A seleção brasileira feminina de futebol venceu a França por 1 x 0, neste sábado, na cidade de Nantes, e está na semifinal do torneio dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O único gol da partida saiu aos 37 minutos do segundo tempo, com Gabi Portilho. Na etapa inicial, a goleira Lorena pegou um pênalti para as brasileiras.
A vitória da seleção brasileira, que não contava com Marta, suspensa, só veio depois de um longo tempo de acréscimo dado pela árbitra no segundo tempo. Foram 16 minutos adicionados pela juíza, que viraram quase 20. Os ânimos afloraram, e quatro cartões amarelos foram distribuídos nesse período. O Brasil se defendia e a França tentava encontrar espaço para empatar, mas sem sucesso.
Na próxima terça-feira (6), o Brasil encara a Espanha por uma vaga na final. Na outra semifinal estão Estados Unidos e Alemanha.
HANDEBOL – A seleção brasileira feminina de handebol disputou uma verdadeira decisão contra Angola, neste sábado, ainda pela fase de grupos. Em duelo de classificação ou eliminação, melhor para o Brasil, por 30 a 19. Classificado como quarto colocado do Grupo B, o Brasil vai enfrentar a Noruega, primeira colocada do Grupo A, nas quartas-de-final.
CAIAQUE CROSS – Neste sábado, no Estádio Náutico Vaires-sur-Marne, foram disputadas as primeiras provas do Caiaque Cross, que faz sua estreia no programa olímpico nestes Jogos de Paris 2024 e na qual os competidores largam lado a lado, vencendo quem cruza a linha de chegada em primeiro. Os brasileiros Pepê Gonçalves e Ana Sátila tomaram sustos, mas avançaram e se classificaram para as fases eliminatórias, que começam neste domingo (4). As provas do masculino começam às 10h30 e as do feminino, a partir de 11h45.
VÔLEI – A seleção de vôlei masculino do Brasil conheceu seu caminho nos mata-matas dos Jogos Olímpicos Paris 2024. Neste sábado, se encerrou a fase de grupos e foram definidos os chaveamentos. Nas quartas-de-final, os brasileiros enfrentarão os Estados Unidos. A partida na segunda-feira (5).
ATLETISMO – O Brasil contou com cinco atletas em ação no atletismo na manhã deste sábado, em Paris. Nos 800m, Flávia Maria de Lima não conseguiu a classificação para as finais. Ela chegou na quinta posição, com 2:01.64 na bateria de repescagem, e ficou de fora das semifinais.
Nos 100m rasos, os atletas do país também não avançaram. Em suas respectivas baterias, Felipe Bardi terminou em quarto (10.18s), Erik Cardoso em sexto (10.35s) e Paulo André Camilo em último (10.46s). Por isso, foram eliminados. Apenas os três melhores avançavam.
No decatlo, José Fernando Ferreira, o Balotelli, teve o melhor resultado da carreira. Ele terminou na 14ª colocação, com 8.213 pontos.
REMO – Lucas Verthein e Beatriz Tavares disputaram as finais C do remo – ambos na categoria single skiff – e chegaram na terceira posição. Beatriz terminou sua prova em 7min31s31, enquanto Lucas cruzou a linha de chegada com o tempo de 6min47s37. Com o resultado, os dois remadores terminaram os Jogos Olímpicos Paris 2024 na 15ª colocação geral.
TIRO ESPORTIVO – Georgia Furquim disputou neste sábado o skeet feminino. A brasileira completou as primeiras três das cinco baterias classificatórias, acertando 65 de 75 pratos e terminando o dia na 27ª colocação geral. A competição continua amanhã para a disputa dos últimos 50 pratos.
VELA – Na ILCA 7, Bruno Fontes foi o primeiro brasileiro a estar na água neste sábado e agora ocupa a 33ª colocação geral. Os dez melhores barcos se classificam para a disputa de medalha. As próximas duas regatas da ILCA 7 acontecem neste domingo, às 7h05 (de Brasília).
Na classe ILCA 6, Gabriella Kidd disputou mais três regatas e agora ocupa a 22ª colocação na classificação geral. Faltam ainda mais quatro regatas até a classificação final para a disputa por medalhas. As dez melhores colocadas avançam. As próximas provas ocorrem neste domingo (4) e na segunda-feira (5).
No Nacra 17, João Siemsen e Marina Arndt competiram em três regatas, ocupando as posições 14ª, 10ª e 11ª, respectivamente, somando 21 pontos – já com o descarte da pior pontuação. Com isso, garantem a 11ª colocação geral. A dupla volta à disputa de mais três regatas neste domingo (4).
Já na classe 470, Henrique Haddad e Isabel Swan tiveram as seguintes classificações: 10ª e 12ª. Assim, totalizam 34 pontos e, na colocação geral, ocupam o 17º lugar. As próximas provas acontecem também neste domingo (4).
CICLISMO DE ESTRADA – O brasileiro Vinicius Rangel terminou na 71ª posição na disputa do ciclismo de estrada, neste domingo, com tempo de 06:39:31. O belga Remco Evenepoel sagrou-se campeão ao terminar o percurso de 273km em 6:19:34, mais de um minuto à frente do vice-campeão, o francês Valentin Madouas. Christophe Laporte, também da França, fechou o pódio com o bronze.
ONIPRESENÇA – O DNA do Bolsa Atleta é “onipresente” na delegação brasileira que está em Paris para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2024. Levando em conta o edital mais recente, de 2024, 241 dos 276 atletas na capital francesa fazem parte do programa, um percentual de 87,3%. Se a análise leva em conta o histórico dos atletas, contudo, 271 dos 276 já foram integrantes do programa do Governo Federal em alguma fase da carreira (98%). Em 27 das 39 modalidades em que o país está representado na França, 100% dos atletas integram atualmente o programa de patrocínio direto do Ministério do Esporte. Mais: em seis modalidades, todos estão na categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, voltada para esportistas com chances reais de medalha em megaeventos, que se posicionam entre os 20 melhores do ranking mundial de suas modalidades. A Bolsa Pódio garante repasses mensais que variam de R$ 5.500 a R$ 16.600, com o reajuste anunciado em julho de 2024 pelo presidente Lula.
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