MATO GROSSO
Mostra fotográfica organizada pela primeira-dama Márcia Pinheiro sensibiliza sociedade sobre o feminicídio e a luta pela equidade
MATO GROSSO
A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, realizou nesta segunda-feira (2) a cerimônia de encerramento da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas do Feminicídio de Cuiabá. O evento, que aconteceu no piso térreo do Goiabeiras Shopping, contou com a presença de Bruninho Samudio, filho da ex-modelo Eliza Samúdio, cuja trágica história reforçou a urgência da luta contra o feminicídio e a violência de gênero. Organizada pela primeira-dama, Márcia Pinheiro, a mostra exibiu doze painéis fotográficos sob o tema “Feminicídio: Um crime contra a equidade”, como parte das atividades do ‘Agosto Lilás’ e da política de conscientização da Prefeitura, que visa sensibilizar a sociedade sobre essa grave questão. A Mostra teve início no dia 27 de agosto.
“Essas imagens geram uma profunda comoção. Muitos que passaram por aqui se sensibilizaram ao ver os retratos de jovens que não tiveram futuro, de mães que não viram seus filhos crescerem. É por isso que atuamos com políticas públicas para combater a violência doméstica antes que ela culmine no feminicídio. Temos espaços de acolhimento no HMC, na UPA Verdão, e, até o final da nossa gestão, todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e policlínicas da capital terão esses espaços. Estamos falando de um crime hediondo, onde uma criança perde, em um único ato brutal, tanto a mãe quanto o pai, ficando sem perspectivas, sem futuro. Isso deixa marcas profundas em centenas de crianças e famílias, destroçadas por essa violência. Por isso, essa mostra, uma iniciativa da primeira-dama Márcia Pinheiro, com o apoio da Secretaria Municipal da Mulher, é um chamado para toda a sociedade cuiabana. Precisamos nos unir contra o feminicídio e contra todo e qualquer tipo de violência contra a mulher, colocando Cuiabá como uma referência nacional na luta contra essas atrocidades. Nossa cidade está dando exemplo para outras capitais e municípios brasileiros”, destacou Márcia Pinheiro.
A primeira-dama enfatizou ainda a importância da política de auxílio aos órfãos do feminicídio, que faz de Cuiabá uma referência nacional. A capital foi a primeira cidade do Brasil a oferecer ajuda financeira, equivalente a um salário-mínimo, por cada criança que perdeu a mãe em decorrência do feminicídio. “Fomos a primeira gestão a criar uma secretaria específica para implementar políticas públicas voltadas para as mulheres. O auxílio aos órfãos do feminicídio é um exemplo dessa iniciativa, garantindo um suporte financeiro essencial para essas crianças. São políticas como essas que somam forças na luta contra esse mal que aflige nossas mulheres, simplesmente por serem mulheres”, explicou a primeira-dama.
Durante a solenidade, Bruninho Samudio, filho de Eliza Samúdio, brutalmente assassinada em julho de 2010, destacou a importância de iniciativas que conscientizem a população sobre o impacto devastador da violência. “Fico grato por ter a oportunidade de estar aqui e discutir formas de reduzir o feminicídio no Brasil. Precisamos falar mais sobre esse crime que, infelizmente, ainda é uma realidade em nosso país”, afirmou o jovem.
“Eliza Samúdio era uma jovem sonhadora, que teve sua vida ceifada quando seu filho tinha apenas quatro meses de idade. Este momento é carregado de emoção e reflexão. A presença de familiares das vítimas torna a discussão sobre o feminicídio ainda mais relevante e urgente. Ao ver as histórias dessas mulheres, sinto uma dor profunda”, expressou Sônia de Fátima Moura, avó de Bruninho.
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, destacou alguns feitos durante a gestão no combate à violência contra a mulher na capital, que ganharam destaque nacional, seja na saúde, na educação, na transparência ou no esporte e lazer. E agora, com essa iniciativa da primeira-dama Márcia Pinheiro, colocamos também o combate ao feminicídio e o respeito à mulher como prioridades em nossa administração, demonstrando a maturidade e a seriedade das autoridades e da sociedade cuiabana.
“Quando penso nessas tragédias, como a da mãe do Bruninho, Eliza Samúdio, por exemplo, é impossível não sentir a dor dessas famílias que foram destruídas. A melhor forma de honrar essas famílias, que não podem mais trazer seus entes queridos de volta, é trabalhar para conscientizar e unir a sociedade. Devemos eliminar toda e qualquer forma de violência na nossa capital, especialmente o feminicídio. A política é um reflexo da sociedade, e tudo o que acontece na sociedade reverbera na classe política. Ninguém está imune. Quem deveria proteger e amar é quem, muitas vezes, comete o ato de violência com uma frieza e covardia sem precedentes. Por isso, o combate ao feminicídio é um apelo urgente de toda a sociedade, e precisamos de uma mobilização social para enfrentar essa realidade”, destacou o prefeito.
Presente no evento como cerimonialista e defensora da causa contra a violência contra as mulheres, a Mrs. World Brasil 2024, Nathalia dos Prazeres Anjos, agradeceu a oportunidade de participar de um momento tão importante. “Sou mãe e não consigo imaginar a dor de uma mãe, pai ou familiares que perdem alguém de forma tão brutal. Esta mostra é um convite à reflexão, para que não tenhamos novas fotos representando novos casos de feminicídio.”
“Mais uma vez, quero agradecer à nossa primeira-dama, Márcia Pinheiro, por sua constante sensibilidade em relação às causas que envolvem a proteção das mulheres cuiabanas. Tenho plena convicção de que alcançamos nosso objetivo ao idealizarmos e promovermos esta Mostra contra o Feminicídio. De uma forma ou de outra, estou certa de que a semente foi plantada. Conseguimos chamar a atenção da sociedade e trabalhar em direção a um índice de feminicídio zero”, finalizou a secretária municipal da Mulher, Cely Almeida.
A Mostra, para sempre, será uma homenagem a:
Ana Paula do Nascimento Lima, Ariana Francelino de França, Maria Ivanilda Chagas, Joice de Oliveira Alexandrino, Joselaine Maria Gomes dos Reis, Maria de Almeida Gonçalves, Aline Gomes de Souza, Fernanda Regina Souza de Lana, Emilly Bispo da Cruz, Domingas Cecília da Silva Oliveira Santana, Silbene Duroure da Guia, Eliza Samúdio.
Estiveram presentes ao evento as secretárias municipais de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência, Hellen Ferreira, de Mobilidade Urbana, Luciana Zamproni, adjunta de Assistência Social, Clausi Barbosa, da Mulher, Elis Prates, dentre outras autoridades, servidores da Prefeitura de Cuiabá e população em geral.
Sensibilização
A Mostra possibilitou uma série de discussões de sensibilização tendo como palestrantes: Marta Lívia Suplicy – Presidente Nacional da Virada Feminina, Luíza Nagib Eluf, advogada especialista na área criminal, Sueli Aparecida Ângelo Amoedo, advogada e líder jurídica do projeto Justiceira, e Dalva Cristofoletti Paes da Silva – Fundadora da Confederação Nacional dos Municípios. Marta Lívia Barragana Fernandes Suplicy, além de palestrante, participou como apoiadora do evento através do Instituto Virada Feminina, onde é Presidente Nacional. Além de conselheira da Confederação Nacional dos Trabalhadores Federais- CMTU.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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