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Seplag discute uso da inteligência artificial e de tecnologias digitais para a formulação de políticas públicas estaduais

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Segunda edição do MT 4.0 discutiu também a influência da transformação digital e da geopolítica na definição de políticas públicas para a população

A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Mato Grosso (Seplag-MT) realizou, nesta terça-feira (12.11), a 2ª edição do evento MT 4.0, no Salão Nobre Clóves Vettorato, no Palácio Paiaguás.

Especialistas e gestores discutiram sobre o uso da inteligência artificial para a formulação de políticas públicas e destacaram a importância dos dados e das informações digitais na definição de ações da administração estadual.

O encontro apresentou também, aos mais de 300 participantes de 35 órgãos estaduais, cenários geopolíticos que são exemplos de melhorias expressivas na qualidade de vida social e que inspiram o planejamento estratégico estadual de Mato Grosso.

O governador Mauro Mendes destacou modelos internacionais de gestão consideradas referências de avanço socioeconômico para o desenvolvimento de Mato Grosso, como os de Singapura, China e Emirados Árabes, além de ressaltar que, por trás de uma sociedade próspera, está sempre uma gestão pública eficiente.

“O desafio de ter um estado eficiente significa, no final do dia, ter uma sociedade melhor para nós como cidadãos”, afirma Mendes.

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Para o secretário da Seplag, Basílio Bezerra, esse diálogo especializado interinstitucional coloca o Poder Executivo mato-grossense na vanguarda de um modelo inovador de administração pública no Brasil.

“Estamos aproveitando as oportunidades que têm surgido com os avanços tecnológicos para gerar mais eficiência e economicidade na prestação de serviços dos servidores e no atendimento das necessidades da população. Inovação, eficiência e economia, por meio do digital, são os pilares da atual gestão estadual de Mato Grosso”, pondera o secretário.

De acordo com o adjunto de Planejamento e Governo Digital da Seplag, Sandro Brandão, o MT 4.0 permite que os gestores públicos reflitam sobre novas possibilidades na formulação das políticas públicas.

“A essência do nosso trabalho são esses grandes empreendimentos que denominamos políticas públicas. Proporcionamos reflexões a partir de novos pontos de vista para que os servidores, que são os formuladores dessas políticas, possam se atentar na hora de elaborá-las, de pensá-las”, explica o adjunto.

Além da palestra de abertura com o estrategista da Brain Cenários Político-Econômicos, Guto Ferreira, que apresentou uma nova visão nacional para as políticas públicas sob a influência do governo digital, aconteceram os painéis com os professores de Economia da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Feliciano Azuaga e Lindomar Pegorini, demonstrando oportunidades geopolíticas para Mato Grosso.

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Também participaram o professor de Computação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Nilton Takagi, e o adjunto de Planejamento e Governo Digital da Seplag, Sandro Brandão, que abordaram a qualidade da gestão pública num contexto de hiperdigitalização.

A secretária de Estado de Comunicação de Mato Grosso, Laice Souza, e o professor de Sociologia da UFMT, Harlon Romariz, discutiram o uso de dados para identificar comportamentos sociais que podem orientar a criação e implantação de políticas públicas.

Por fim, com mediação do superintendente de Governança Digital e Inovação em Práticas Públicas da Seplag, Washington Silva; do especialista em produtividade para o Setor Público no Google, Marco Aurelio; do secretário Adjunto de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e de Inovação da Seciteci, Rodrigo Zanin; e do diretor executivo de relacionamento na Gartner, Bruno Rabello, trataram do processo de disrupção do trabalho no serviço público provocado pelo uso da inteligência artificial na atuação dos servidores.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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