MATO GROSSO
Saúde digital e Previdência estão entre metas de Comissão do TCE-MT para 2025
MATO GROSSO
A Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do TCE-MT apresentou o planejamento para as ações de 2025, em reunião nesta terça-feira.
A Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social (Copspas) do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) apresentou, nesta terça-feira (17), o planejamento para as ações de 2025. A programação tem foco na capacitação e modernização, como no caso dos debates sobre saúde digital e do lançamento do módulo Previdência Social no Sistema Radar de Controle Público.
“Acredito que precisamos estar presentes junto aos novos gestores que assumem esse ano, precisamos conversar, saber que nível de capacitação eles têm porque entendemos que a primeira ação é pedagógica”, afirmou o conselheiro e presidente da Copspas, Guilherme Antonio Maluf ao destacar que a Comissão está preparada para trabalhar com os novos gestores.
Sobre a atualização do Radar, o conselheiro lembrou que o sistema já conta com os módulos Saúde e Assistência Social, destacando que o módulo Previdência está sendo desenvolvido em parceria com a Secretaria Geral de Controle Externo (Segesex) e será lançado em fevereiro, durante evento que reunirá gestores de todo o Estado no TCE-MT.
Para o primeiro semestre também está programado um encontro voltado à saúde digital. “Vamos ouvir os gestores e apresentar um diagnóstico da maturidade digital de cada um dos municípios. Também faremos uma discussão mais ampla, sobre o compromisso de cada ente para que isso repercuta em uma saúde de qualidade”, afirmou Maluf.
Ainda com relação à capacitação, será realizado em conjunto com a Associação Nacional dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) o encontro “Controle Externo e Saúde”, que teve sua primeira edição neste ano. “Já fizemos um evento como este aqui em Cuiabá e agora vamos repetir em nível nacional com todos os TCEs do Brasil”, disse.
Durante a reunião, a Comissão também apresentou os resultados alcançados em 2024, que incluem a realização de eventos como o encontro “Saúde Mental: Novo Olhar para Mato Grosso” e o seminário “Construindo Ações para Mato Grosso Livre da Hanseníase”, quando também foi emitida nota recomendatória sobre a hanseníase.
“Isso é um marco, porque enviamos recomendações aos municípios, ao Governo do Estado , à Assembleia Legislativa e para as Câmaras Municipais também. E nesta semana já demos o primeiro passo para o lançamento da bancada de combate à hanseníase entre os parlamentares estaduais”, ressaltou Maluf.
Vale destacar ainda a emissão de outras notas recomendatórias voltadas à implementação de ações de prevenção contra a Covid-19, a divulgação de estoques de medicamentos das farmácias públicas, a implementação de leis de proteção à criança e ao adolescente e a adoção de medidas intersetoriais contra arboviroses.
Além disso, a COPSPAS participou de mesas técnicas que apontaram o caminho para a contratação conjunta de serviços médicos pelo Estado e para a criação de um fluxo aprimorado para as Representações Pré-Processuais (RPPs) no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Saúde Pública (CEJUSC).
Ao longo do ano, a equipe realizou uma série de visitas técnicas e lançou cartilhas como a que detalha as normas para a aquisição pública de medicamentos, por exemplo. “O balanço foi extremamente positivo, a Comissão produziu muito e cumprimos todas as metas projetadas no ano anterior”, concluiu o conselheiro.


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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.
Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.
Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.
Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.
Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.
Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.
A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.
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