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Cerveja artesanal e o novo padrão de consumo no Brasil

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O mercado de cerveja no Brasil tem mostrado uma transformação notável nos últimos anos. De acordo com um estudo divulgado pela Brazil Panels e pela Agência Conexão Vasques, 61% dos brasileiros acima de 18 anos são consumidores de cerveja. O Anuário da Cerveja 2024 também revela um dado impressionante: o país atingiu o recorde histórico de 1.847 cervejarias em funcionamento e mais de 45 mil produtos registrados.

Há cinco anos, o mesmo levantamento apontava a existência de 1.209 fábricas e 27.329 registros de cervejas válidos em todo o país. Esses números refletem não apenas o crescimento do setor, mas também a mudança de paradigma que está em andamento.

Se até recentemente o mercado brasileiro de cerveja era dominado pelas grandes marcas industriais, focadas na produção em larga escala e em estilos homogêneos, hoje assistimos à ascensão das cervejarias artesanais. Este novo modelo de produção valoriza a qualidade, a experiência do consumidor e o propósito de cada rótulo, oferecendo uma maneira diferenciada de vivenciar o simples ato de beber uma cerveja.

Na Louvada, nossa trajetória é marcada por essa busca incessante pela excelência. Desde a nossa fundação, em 2015, temos nos dedicado a proporcionar ao público uma experiência de beber menos, mas com mais qualidade. Hoje, nossa produção é de 4 milhões de litros por ano, com cerca de 22 rótulos, e cada garrafa conta uma história única — seja pelos ingredientes, pela receita ou pelo propósito da nossa cervejaria.

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Uma das principais diferenças entre uma cervejaria artesanal e uma gigante como a Ambev ou a Heineken está na capacidade de produção. Embora nossas máquinas sejam tão modernas quanto às das grandes concorrentes, o que nos distingue é justamente a quantidade que produzimos. Enquanto essas grandes cervejarias alcançam bilhões de litros anuais, nós mantemos o foco na qualidade e inovação dos produtos. Mais importante ainda, não temos pressa. Respeitamos o tempo de maturação de cada cerveja, o que é fundamental para garantir a qualidade que buscamos.

Carlos Ferreirinha, no livro O Paladar Não Retrocede, argumenta que, ao experimentarmos algo de alta qualidade, dificilmente voltamos a aceitar padrões inferiores. Esse conceito se aplica diretamente à cerveja artesanal. A satisfação do consumidor não está apenas no sabor, mas na experiência completa que ele tem ao interagir com a bebida. Na Louvada, é essa experiência que procuramos entregar, a cada rótulo, a cada garrafa.

A cerveja artesanal não é apenas mais uma bebida. Ela representa uma mudança cultural no Brasil, que consome mais de 14,6 bilhões de litros de cerveja por ano. Trata-se de um produto que valoriza a inovação, a criatividade e a busca incessante pela qualidade. O crescimento das cervejarias artesanais, portanto, não só beneficia quem as consome, mas eleva o padrão de toda a indústria, trazendo avanços que impactam positivamente o mercado como um todo.

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Na Louvada, acreditamos que cada garrafa deve proporcionar uma experiência única, algo mais profundo do que apenas o ato de beber. É isso que nos move e que, acredito, está moldando o novo padrão de consumo de cerveja no Brasil.

Gregório Ballarotti é fundador e sócio-diretor da Cervejaria Louvada

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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