Devido ao clima desfavorável, nos primeiros seis meses de 2022, a fruticultura brasileira contabilizou uma redução de 11% em valor e volume nas exportações de frutas. Esse fator foi um dos principais a afetar as exportações de frutas, como manga, uva e maçã.

As dificuldades climáticas, como a chuva, presentes no Vale do São Francisco (VSF), impactaram na produtividade da manga e da uva, causando a redução dos volumes exportados e a queda dos preços pagos no mercado externo. Já no caso da maçã, a baixa foi motivada pela quebra de cerca de 30% na safra por causa da estiagem nas áreas de produção no Sul do Brasil, que gerou a queda na produtividade e diminuição do tamanho das frutas.

Outro fator que corroborou para este caimento no volume dos embarques de maçã, é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, visto que a Rússia é um dos principais destinos da fruta produzida no Brasil.  

Por outro lado, no caso das frutas como melão, limão e melancia as exportações apresentaram um aumento no primeiro semestre do ano se comparado com o mesmo período do ano anterior. Nas exportações de melão, por exemplo, a média do semestre somou mais de U$ 56,1 milhão em faturamento, representando um aumento de 7% e totalizando 94,1 mil toneladas de frutas embarcadas, 9% a mais que em 2021. 

Já a melancia registrou um acréscimo de 20% no volume e de 32% em valor. Semelhantemente ao caso do melão, este crescimento tem como justificativa o aquecimento do consumo de melancia na Europa. Para o limão, a média total foi de S$ 75.9 milhão, com aumento de 12% no faturamento. 

As exportações de limão somaram aproximadamente 90 mil toneladas de frutas, 14% a mais que no mesmo período do ano anterior. Esse aumento tem como base, conforme a Abrafrutas, o crescimento da área plantada, pela entrada de novas players no mercado de exportação, além da maior busca pela fruta para aumentar a imunidade por causa da Covid-19.

Diante disso, e com previsão de clima favorável, o diretor da Abrafrutas, Eduardo Brandão, acredita em uma possível melhora para os próximos meses e espera que, no segundo semestre, o setor possa alcançar os mesmos números de exportações do mesmo período de 2021. 

Fonte: AgroPlus