BRASIL
Abertas inscrições para Prêmio Francisco Mário de Guitarra Popular
BRASIL
Estão abertas até o dia 16 deste mês as inscrições para o 1º Prêmio Francisco Mário de Guitarra Popular, que pode ser disputado por musicistas de todas as Américas, inclusive do Brasil. O concurso vai distribuir U$ 9 mil em dinheiro para os dez melhores músicos e troféus confeccionados pelo artista Mauricio Manzo. A premiação teve uma primeira edição nacional em 2018, celebrando os 70 anos que o compositor mineiro teria completado no dia 22 de agosto daquele ano. Agora, o prêmio ganha dimensão internacional.
O prêmio é realizado pelo Instituto Cultural Chico Mário (ICCM), em parceria com o Instituto Guimarães Rosa (IGR), do Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, Argentina. A iniciativa tem apoio do Espacio Tucumán, local que sediará a cerimônia de premiação, na capital argentina. A iniciativa é do pianista Marcos Souza, filho do compositor mineiro e um dos responsáveis pelo Instituto Cultural Chico Mário (ICCM).
As inscrições estão disponíveis em português, espanhol e inglês e podem ser feitas por violonistas de qualquer nacionalidade, desde que residentes em países das Américas, pelo site do instituto.
O concurso objetiva valorizar os talentos do violão popular e promover a obra e memória do compositor mineiro Francisco Mário, um dos pioneiros da música independente no Brasil. Irmão mais novo do sociólogo Betinho e do cartunista Henfil, Chico Mário, como é conhecido, viveu apenas 39 anos, vítima de HIV contraída em uma transfusão de sangue contaminado. Apesar disso, deixou obra composta por oito discos que estão disponíveis nas plataformas de streaming, além de três livros.
Expansão
À Agência Brasil, o filho do compositor revelou que a edição nacional de 2018 teve retorno acima do esperado, recebendo mais de 100 inscrições. “Todos os violonistas falaram que a obra do papai é maravilhosa para se tocar de violão e devia ser divulgada”. Com esse feedback positivo da música do Chico Mário e o fato de não ter mais prêmios de violão popular com valores altos levaram Marcos Souza a reconhecer que a premiação estava ocupando um espaço importante no campo do violão popular brasileiro. Em conversa com o Instituto Guimarães Rosa, ficou definido que a obra de Chico Mário seria levada para fora do Brasil, “para que violonistas toquem a música dele”.
Para concorrer, cada instrumentista deverá gravar um vídeo interpretando ao violão uma das obras de Chico Mário. “É um esforço para internacionalizar cada vez mais a obra do Francisco Mário e manter sua música sendo tocada, como ele desejou”, disse Marcos Souza. O vídeo deverá ser enviado ao YouTube, em modo público, com o link inscrito no formulário do prêmio. Serão selecionados dez finalistas que disputarão as melhores colocações no Espacio Tucumán, em Buenos Aires.
O primeiro colocado receberá US$ 7 mil, o segundo, US$ 800, e, do terceiro ao décimo classificado, será distribuído o valor de US$ 200 para cada um, como ajuda de custo para a viagem de retorno ao país onde o músico reside. Os valores serão pagos até 30 dias após a premiação, prevista para 14 de março, data em que se relembram os 35 anos da morte do compositor mineiro. Marcos informou que como os violonistas brasileiros poderão participar da premiação nas Américas, não será mais realizado o prêmio nacional.
Na Europa
Ainda neste ano, deverá ser realizado o 1º Prêmio Francisco Mário de Guitarra Popular versão europeia, em Amsterdã, Holanda, com final e júri ao vivo, no Teatro Munganga, no dia 22 de agosto, quando o compositor completaria 75 anos de idade. Essa versão se destina a violonistas da Europa que terão também que abordar a obra de Chico Mário. “Todo violonista tem que escolher uma das 89 músicas que ele deixou”. Chico Mário foi o precursor do disco independente, na década de 1970. “Era um visionário que gravou seus próprios discos, deixou uma obra vasta”.
Edição: Maria Claudia
Fonte: EBC Geral


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
-
MATO GROSSO6 dias atrás
Lipedema: condição pouco diagnosticada que afeta milhares de mulheres e compromete a qualidade de vida
-
MATO GROSSO6 dias atrás
Cuiabá ganha novo empreendimento com conforto e sofisticação em cada detalhe
-
MATO GROSSO6 dias atrás
A ciência do preenchimento labial natural ganha nova abordagem
-
MATO GROSSO5 dias atrás
Gripe aviária acende alerta em MT e Sintap-MT valoriza resposta técnica de servidores
-
MATO GROSSO5 dias atrás
Com foco em luxo, arte e bem-estar, Vernissage é o novo empreendimento da Corpal em Cuiabá
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Rapper Djonga é mais um nome confirmado no ‘Baguncinha, o Festival 2025’ em Cuiabá
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Petra e Black Princess conquistam medalhas de ouro e bronze na III Copa Sul-Americana de Cerveja
-
ARTIGOS3 dias atrás
PM não é “pedreiro fardado”!