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Aos 90 anos, morre no Rio o físico Herch Moysés Nussenzveig
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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informou, em sua página na internet, que morreu neste sábado (5), aos 90 anos, o físico Herch Moysés Nussenzveig, professor emérito da instituição. O velório será realizado neste domingo (6), das 13h30 as 16h30, no Cemitério Vertical Memorial do Carmo, no Caju. Após o velório, o corpo seguirá para cremação.

Na mensagem, a UFRJ manifestou pesar pela morte do professor e lembrou que, ao longo de sua trajetória acadêmica, ele participou ativamente da elaboração e construção de importantes centros de pesquisa, considerados relevantes para a pesquisa em física no Brasil.
Conhecido por seus trabalhos em óptica, Herch Moysés Nussenzveig graduou-se em 1954 e obteve doutorado em física em 1957 pela Universidade de São Paulo (USP). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Física de 1981 a1983 e membro da União Internacional de Física Pura e Aplicada, nos Estados Unidos, de 1987 a1993.
Nascido em 1932, Nussenzveig foi professor emérito do Instituto de Física da UFRJ. Apaixonado pela profissão, ele recebeu diversos prêmios como o Prêmio Max Born (1986), concedido pela Sociedade Óptica dos Estados Unidos; Prêmio Álvaro Alberto em Física (1995), concedido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT); Categoria Grã Cruz (1995) da Ordem Nacional do Mérito Científico, concedido pelo MCT e o Prêmio Jabuti (1999), concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
O professor foi membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Mundial de Ciências e da Sociedade Americana de Física, além de membro fundador (1982) da Academia de Ciências da América Latina.
Edição: Nádia Franco
Fonte: EBC Geral
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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