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Bloco Quizomba fecha o carnaval da Liga dos Amigos do Zé Pereira

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Fundado em 2001, o Quizomba desfilou no início da tarde deste sábado (25), saindo da Lapa em direção ao Aterro do Flamengo. Arrastando milhares de foliões atrás do trio elétrico, da bateria e dos pernaltas, sob sol forte, o bloco é o último da Liga Carnavalesca Amigos do Zé Pereira a sair este ano.

O responsável pela coordenação do bloco e presidente da Liga, Rodrigo Rezende, destaca que o Quizomba é o bloco residente do Circo Voador, tradicional casa de shows da Lapa que foi reaberta em 2004, fazendo parte da revitalização do carnaval carioca ocorrido no início dos anos 2000, quando surgiram blocos como o Desliga da Justiça, Fogo e Paixão e Batuque das Meninas.

“O Quizomba é um retrato da retomada do carnaval. Juntamente com Bangalafumenga, Monobloco e outros trazem a musicalidade que marcou esse momento, há cerca de 20 anos. É o bloco que representa o Circo Voador e membro fundador da Liga do Zé Pereira.”

O bloco nasceu a partir de uma oficina de percussão, atividade que permanece ao longo do ano, preparando ritmistas para tocarem nos eventos do bloco, que vão além do carnaval.

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O repertório coloca o ritmo do carnaval em canções pops e dançantes de compositores consagrados como Tim Maia, Jorge Ben Jor, Paralamas, Titãs, Ivete Sangalo e Alceu Valença. A questão racial também está presente, com músicas como Mundo Negro (O Rappa) e Canto das Três Raças (Clara Nunes), que abriram o cortejo de hoje.

Reencontros

Rodrigo lembra que 2023 é o “carnaval de reencontros” depois de dois anos sem a folia dos blocos, devido à pandemia de covid-19, que começou logo após o carnaval de 2020. “O título já fala por si, não é? A retomada é a volta do contato físico e de algo que nos faz cariocas: o carnaval de rua”, diz ele.

Sobre a reunião de blocos em ligas ou associações, Rodrigo explica que elas trazem benefícios importantes para a organização da festa popular. “Um maior poder de diálogo com o Poder Público, possibilidades de captação de recursos ampliadas e muita troca de informações sobre música, estética, cultura, gestão, segurança, informações sobre fornecedores e outros. Na Liga do Zé Pereira, damos muito valor às nossas trocas e felizmente conseguimos atingir os objetivos pensados na concepção”.

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A Liga Carnavalesca Amigos do Zé Pereira representa a diversidade do carnaval de rua carioca e reúne oito blocos: Orquestra Voadora, Céu na Terra, Vagalume O Verde, Toca Rauul, Quizomba, Laranjada, Último Gole e A Rocha.

Edição: Carolina Pimentel

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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