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Bloquinhos de rua são brincadeira saudável para crianças no carnaval
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Carnaval não é só para adultos e jovens se divertirem nos blocos de rua. Crianças também têm lugar garantido na folia. Bloquinhos infantis constituem uma brincadeira saudável, que aproxima as crianças umas das outras, e têm a vantagem de afastá-las das telas de computadores e celulares, afirmam especialistas.
Segundo o psicólogo Marcello Santos, doutor em psicossociologia de comunidades e ecologia social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o carnaval e os blocos de rua para crianças representam um resgate lúdico associado a uma tradição cultural brasileira.
Santos considera esse tipo de diversão muito positivo para a garotada. “Além do resgate cultural e da brincadeira, há também a possibilidade de meninos e meninas estarem juntos fazendo farra, jogando, brincando, dançando, pulando e cantando. Há uma série de fatores aí, que são bons para a saúde mental. É importante, é uma expressão”, disse o psicólogo à Agência Brasil.
Além da alegria, os bloquinhos infantis trazem de volta o chiste (gracejo, dito espirituoso), “que parece que o brasileiro perdeu um pouco, ou não está usando muito”, disse Santos, que considera muito importante para a criança ter o bloquinho de carnaval como uma brincadeira sadia, sem uso de sprays que possam causar danos aos olhos e mucosas da boca.
“Pode ser uma batalha de confete, de serpentina, dançar, cantar, usar uma fantasia de super-herói, pirata, monstro, anjo. Tem “ene” situações que podem ser cumpridas de forma bem bacana no bloco de carnaval”, acrescentou.
Também o psicólogo Luiz Guilherme Pinto recomenda a participação de crianças nos blocos de carnaval. Como profissional e como pai, ele disse à Agência Brasil que é uma experiência positiva para a criança. “Eu vejo de maneira muito legal, muito saudável, por conta de pais e filhos estarem juntos”. Para os mais novos, em especial, o psicólogo considera a experiência ótima.
Segundo Luiz Gulherme Pinto, a brincadeira nos bloquinhos de carnaval tem outra vantagem, que é afastar os pequenos das telas do computador e do celular.
“É maravilhoso. Até mesmo a coisa do brincar, de vestir e curtir uma fantasia é muito legal.”
Festa pela cidade
No Rio de Janeiro, mais de dez blocos prometem agitar os próximos fins de semana da criançada até o carnaval. Neste sábado (11), por exemplo, estão programados cinco bloquinhos infantis: o Sá Pereira se reúne a partir das 8h, na Rua Capistrano de Abreu, 20, em Botafogo; o Blocão da Tijuca, às 9h, na Praça Saens Peña, 54, na Tijuca; o Bloco da Pracinha, às 10h, na Praça Pio XI, no Jardim Botânico; o Bloco da Mamadeira, atrás da Rua Lauro Muller, 66, em Botafogo, às 16h; e o Gigantes da Lira, às 17h com baile no Shopping Downtown, na Barra da Tijuca, animado pela Banda Gigante de batuques e metais do maestro Edimar Lima.
O Gigantes da Lira, os blocos da Mamadeira e da Pracinha e o Blocão da Tijuca voltam a se concentrar nos mesmos locais, no sábado seguinte (18).
No domingo (12), fazem a festa o Blocão de Copacabana, a partir das 8h30, na Rua Joaquim Nabuco, Posto 6; o Gigantes da Lira, às 9h, na Praça Jardim Laranjeiras, em Laranjeiras; e o Sementes do Samba, no Boulevard 28 de Setembro, 382, em Vila Isabel, às 16h.
No dia 18, o Blocão da Barra se concentra às 9h na Praça do Ó, na Barra da Tijuca; e o Bloco dos Palhacinhos, às 15h, na Estrada do Quitungo, 1354, em Brás de Pina. No dia seguinte (19), domingo de carnaval, os bloquinhos Que Caquinha é Essa?, versão infantil do Que Merda é Essa?, reúne-se na Rua Garcia D’Ávila, 173, em Ipanema, das 9h às 12h; e a Banda do Lidinho de Copacabana, na Praça do Lido, às 15h.
Na segunda-feira de carnaval (20), a animação tomará as ruas de Ipanema com a Banda de Ipanema Infantil, que reúne a turma às 15h, na Rua Visconde de Pirajá, 61. O bloco Algodão Doce encerra a folia para a garotada, às 14h do dia 22, na Ladeira do Faria, 95, no bairro da Saúde.
Edição: Nádia Franco
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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