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Bolsonaro ordena assistência e recursos para Petrópolis, diz ministro

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O presidente Jair Bolsonaro, que está em viagem ao exterior, ordenou assistência imediata e repasse de recursos federais ao município de Petrópolis. A orientação foi recebida pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que visitou o município na manhã desta quinta-feira (17). Queiroga encontrou-se com o prefeito, Rubens Bomtempo, e com o governador, Cláudio Castro, na sede da prefeitura.

“O presidente Bolsonaro falou comigo, desde ontem [16]. Pediu que eu estivesse aqui, em Petrópolis, para prestar toda assistência à população, e o que o ministério pudesse fazer alocação imediata de recursos. Isso fosse feito”, disse o ministro, após a reunião.

Segundo Queiroga, os recursos virão de imediato, por meio de orçamento interno do próprio ministério, por intermédio de liberação das secretarias subordinadas.

“Os recursos vêm do próprio Ministério da Saúde, de portarias da Secretaria de Vigilância e Saúde, da Secretaria de Atenção Primária em Saúde, em sintonia com o que já houve em relação à Bahia, à região do norte de Minas. A estratégia é a mesma: o governo federal atua, de maneira articulada, com os ministérios da Infraestrutura, da Defesa, da Cidadania, para, em situações como esta, dar o suporte adequado à população”, explicou Queiroga.

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O governador Claudio Castro garantiu que haverá dinheiro do estado do Rio para realocação das famílias desabrigadas, mas ressaltou que terá de haver entendimento com a prefeitura e outros órgãos públicos, para permitir a construção de novas moradias, visto que a região serrana dispõe de poucos terrenos aptos à construção.

“Eu garanto que, da parte do governo do estado [essas famílias] vão [ter casa]. Porque este não é um esforço só do governo estadual. Não se acham terrenos para construir por aqui. Tem uma lei que impede a transferência para outros locais. Terá que ser um grande pacto entre governo municipal, governo do estado, Ministério Público, Justiça e governo federal. O problema é complexo. Não tem terreno próximo para realocar. O recurso estadual para todos serem realocados eu vou garantir”, disse Castro.

Após a reunião, o ministro Queiroga afirmou que se deslocaria para o Rio, a fim de tratar de outros assuntos da área da saúde. É aguardada para esta sexta-feira (18) a visita do presidente Bolsonaro ao município de Petrópolis.

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Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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