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Campanha busca encontrar jabutis monitorados no Parque da Tijuca
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Campanha promovida pelo Projeto Refauna e pelo Parque Nacional da Tijuca, maior floresta em área urbana do mundo, busca encontrar oito jabutis monitorados, cujos radiotransmissores quebraram, caíram ou deixaram de funcionar. Todos os quelônios foram numerados no casco, o que facilita a identificação. O parque está pedindo ajuda da população para encontrar os animais na natureza.
Os jabutis tinga tinham sido extintos há mais de 200 anos no Rio de Janeiro e voltaram a ser reintroduzidos no parque em 2020. De lá para cá, 50 animais foram soltos pelo Projeto Refauna na floresta para procriação da espécie.
O biólogo Thales Querino, coordenador do programa de reintrodução dos jabutis, disse que os pesquisadores já sabem que três deles – 03 (Mirabel), 07 (Grizzy) e 15 (Vênus) perderam os rádios, que foram encontrados na natureza. Outros cinco não estão conseguindo ser monitorados, “provavelmente porque os radiotransmissores estão quebrados ou pararam de funcionar”, disse Querino. São eles os de números 23 e 27 (sem nome), 28 (Cristal), 46 (Bilbo) e 64 (Hermes).
Missão
Querino acredita que, com a ajuda dos visitantes, a missão de resgate dos jabutis que tiveram a comunicação interrompida com os pesquisadores pode ter mais sucesso. Segundo o coordenador, o objetivo da campanha é que os visitantes saibam que podem ajudar.
“Ao fazer seus passeios no parque, se encontrarem algum desses jabutis que estão desaparecidos, que eles saibam que podem procurar a sede do parque porque um funcionário vai lá resgatar esse bicho, para que a gente possa pegar ele, colocar em um cercado, para fazer a troca do rádio, quando possível”.
A orientação dada ao público é que, se encontrar algum jabuti, tire uma foto do animal, para que se tenha noção das condições em que ele se encontra, e do local também onde ele está, para facilitar a identificação e seu resgate posterior. Se for possível, deve-se pedir que alguém olhe o jabuti enquanto outra pessoa procura um funcionário do parque. Recomenda-se não tocar no animal até o resgate chegar. Em seguida, deve-se entrar em contato com o Projeto Refauna pelas redes sociais, principalmente o Instagram @refauna, para avisar da descoberta e mandar fotos do animal e do local onde ele foi encontrado.
Nascimento
De acordo com o biólogo, ainda não há registro de nascimento de jabutis no Parque Nacional da Tijuca. “Quando esses bichos nascem, eles ficam de dois a três anos escondidos porque, além de muito pequenos, eles ainda são muito moles. Uma estratégia deles de sobrevivência é se esconder”.
Já foi encontrado, porém, um ninho com oito ovos, além de alguns outros ovos pela floresta, mas nenhum deles eclodiu.
Projeto Refauna
O Refauna é uma iniciativa que busca restaurar a fauna e as interações ecológicas da Mata Atlântica. Ele reúne pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Conservação de Populações da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LECP-UFRJ), do Laboratório de Ecologia e Conservação de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (LECF-UFRRJ) e do Laboratório de Ecologia e Manejo de Animais Silvestres do Instituto Federal do Rio de Janeiro (LEMAS-IFRJ).
O projeto conta com a parceria do Parque Nacional da Tijuca, do Instituto Conhecer para Conservar/RioZoo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e dos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A reinserção dos jabutis tinga na natureza foi uma prática inédita no país.
Além de ser a casa para onde esses animais são trazidos de volta, o Parque Nacional da Tijuca é também onde o Refauna foi idealizado. A servidora aposentada do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Ivandy Castro notou a ausência de cutias no parque, espécie encontrada em outras unidades de conservação que são importantes dispersoras de frutos. Diante disso, em 2008, ela sugeriu a sua reintrodução da espécie. Servidores e pesquisadores do parque também ajudam o projeto com equipamentos, materiais, auxílio nas atividades de campo e transporte dos animais.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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