Search
Close this search box.
CUIABÁ

BRASIL

Carioca ganha maior prêmio de tatuagem dos Estados Unidos

Publicados

BRASIL

O carioca de Jacarepaguá Bruno Freitas, 43 anos, foi o vencedor do maior prêmio de tatuagem dos Estados Unidos, o The All Star Tattoo Convention, considerado também um dos maiores do mundo. “Teve mais de 900 tatuadores de 46 países. E eu ganhei”, comemorou, em entrevista à Agência Brasil, o brasileiro. O evento ocorreu em Miami, na Flórida, no último dia 1º, e Bruno Freitas faturou o troféu na categoria Oriental Tradicional, com tatuagem de um samurai. Ele ganhou convenção anterior, só que de nível estadual.

“Tivemos que desmontar a loja, para montar o estande lá, e na segunda-feira (2) estava tão cansado que fechei a loja às 17h. Não aguentava nem falar. É muito cansativo mesmo”. Ele tatuou na hora, no local da prova, mas já estava trabalhando a peça há seis meses, especificamente para a convenção. Foram várias seções por semana no corpo do gerente da loja, Andre Santana. Foram cerca de 120 horas para fazer a tatuagem vencedora que pega as costas, as nádegas e metade das coxas para cima. O tempo foi recorde porque, normalmente, um desenho como esse demora mais de um ano para se fazer. “O que chamou muita atenção foi o fato de a tatuagem [o samurai] ter tatuagem também”.

O estilo de Freitas é a Yakuza, também chamada de irezumi. Ela cobre todo o corpo e inclui vários sentidos e simbolismo escondidos em cada elemento.

Leia Também:  Com programação gratuita e ao ar livre, Feira do Livro agita SP

Saudade

Bruno Freitas nunca voltou ao Brasil, embora sinta saudades, não só por não ter tempo, mas também por receio devido à insegurança no país. Sua mãe e sua afilhada é que costumam visitá-lo.

Freitas está há oito anos e meio nos Estados Unidos, para onde viajou aos 35 anos, em 2015. “Mas não foi fácil”, confessou. “Dormi no chão, passei fome. Hoje em dia, meu inglês é intermediário. Aqui, se parar de trabalhar, você não vive. Não consegue nada”. Por vários dias, sobreviveu se alimentando de uma promoção chamada Four by four, que consistia em quatro refeições por US$ 4. “Era um hamburguer de criança, dois nuggets, um refrigerante e batata frita. Eu dividia essa refeição pelo dia inteiro”.

Como considera o transporte público na Flórida muito ruim ele andava a pé, de skate ou de bicicleta. “Comecei do zero”. Quando sofreu uma queda, em vez de ir para o hospital colou o corte com super bonder. “Não tinha dinheiro para pagar um hospital”. Em nove meses, contudo, abriu um estúdio de tatoo. “As coisas agora estão caminhando de maneira bem positiva”, afirmou.

Freitas queixou-se também do calor, que considera insuportável na Flórida, dez vezes pior do que no Rio de Janeiro. “A sensação térmica aqui é absurdamente maior, não tem vento”. Ele até pensa em se transferir para o Colorado ou para a Carolina do Norte, mas ponderou que teria de começar tudo do zero pela terceira vez. “Já criei raízes aqui; tenho minha clientela”.

03/10/2023, Bruno Freitas, tatuador brasileiro vence maior prêmio de tatuagem dos Estados Unidos. Foto: Arquivo pessoal 03/10/2023, Bruno Freitas, tatuador brasileiro vence maior prêmio de tatuagem dos Estados Unidos. Foto: Arquivo pessoal

Miami – Brasileiro Bruno Freitas vence maior prêmio de tatuagem dos Estados Unidos. Foto Arquivo pessoal

Leia Também:  Calor aumenta e Rio registra sensação recorde de 58,5°C de manhã

Foi difícil largar entre 13 a 14 anos de tatuagem no Rio e tentar a sorte nos Estados Unidos. “Meu trabalho é muito bem-aceito aqui e não preciso de divulgação. Os americanos admiram. Fiquei lisonjeado com pessoas famosas que vieram aqui me elogiar e ao meu trabalho”. Bruno Freitas tem recebido, inclusive, convites para ir para a Europa, Tailândia, o Japão. Hoje, ele tem a própria marca, a Black Kimono Tattoo, um dos mais conceituados estúdios de tatuagem da Flórida. A espera para tatuar com Bruno pode ser de até seis meses.

Origem

A tatuagem é uma das formas de arte mais antigas da humanidade. Por mais de 5 mil anos, culturas de todos os continentes colocaram tintas permanentes em seus corpos, como defesas místicas, símbolos de status, ritos de passagem ou, simplesmente, decoração pessoal. Tecnicamente, consiste em uma aplicação subcutânea obtida por meio da introdução de pigmentos por agulhas. 

Fonte: EBC GERAL

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

BRASIL

Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

Publicados

em

A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

Leia Também:  Ator Kayky Brito recebe alta da UTI e está consciente

“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

Leia Também:  Com programação gratuita e ao ar livre, Feira do Livro agita SP

Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA