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Carnaval fora de época no Rio também tem blocos na rua

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Com o desfile das escolas de samba no Sambódromo, neste feriadão de Tirantes e São Jorge, criou-se um clima de carnaval fora de época na cidade do Rio de Janeiro. A própria prefeitura passou a considerar o feriadão como carnaval, já que, as festividades originais, que seriam realizadas entre a última semana de fevereiro e primeira de março, tiveram que ser canceladas devido à covid-19.

Os desfiles de blocos de rua não foram autorizados pelas autoridades municipais, mas o prefeito Eduardo Paes afirmou que não os reprimiria.

“Não vou sair correndo atrás de folião. O que a gente pede é a compreensão das pessoas. Só faltava agora botar Guarda Municipal atrás de folião. Isso não vai acontecer. A gente tem permitido que a cidade celebre, que seja vivida a vida. A cidade está cheia, as ruas estão cheias, bares e restaurantes lotados. A cidade está aberta, está celebrando. Não vou ficar atrás de folião nem por um decreto”, afirmou Paes no último dia 16.

Bloco de carnaval desfila pela Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro Bloco de carnaval desfila pela Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro

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Bloco de carnaval desfila pela Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro – Tomaz Silva/Agência Brasil

Os blocos têm aproveitado essa brecha deixada pela prefeitura para sair às ruas neste feriadão. Na tarde de hoje (23), por exemplo, um bloco reuniu centenas de foliões na Cinelândia, no centro da cidade.

Pedro Henrique Garcia, de 22 anos, era um desses foliões. Segundo ele, desde o início do feriadão, já foi há vários blocos. “Sentia muita falta disso. É uma coisa que vem desde criança comigo. Infelizmente não teve a preparação que a gente esperava. Não tem banheiro e as pessoas estão tendo que usar a rua”, disse.

Julia Souza, de 26 anos, aproveitou o sábado para ir à Cinelândia com as amigas. Segundo elas, era o primeiro bloco que elas curtiam neste feriadão. “A gente ouviu falar que os blocos seriam bons, só não viemos antes por uma amiga minha estava trabalhando. Aproveitamos hoje, que é sábado, para vir ao bloco”.

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No momento em que a Agência Brasil esteve no bloco, havia apenas uma viatura da Polícia Militar e um furgão da Guarda Municipal, que deixou o local antes da reportagem.

Bloco de carnaval desfila pela Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro Bloco de carnaval desfila pela Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro

Bloco de carnaval desfila pela Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro – Tomaz Silva/Agência Brasil

Em seu perfil no Twitter, na última terça-feira (19), Paes afirmou que não autorizou os blocos porque não teve tempo de preparar a estrutura necessária para os blocos. “A organização do carnaval de rua – iniciada em meu 1º governo – exige meses de preparação, algo difícil na imprevisibilidade dos tempos pandêmicos”, escreveu.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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